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DA NONAGÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 17-10-2011.
Aos
dezessete dias do mês de outubro do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário
Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às
quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Adeli
Sell, DJ Cassiá, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Lurdes da Lomba, Maria
Celeste, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Reginaldo Pujol,
Sofia Cavedon e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, a senhora
Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram
os vereadores Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo,
Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias
Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de
Souza, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro
Zacher, Nilo Santos, Pedro Ruas, Professor Garcia, Sebastião Melo, Tarciso
Flecha Negra e Waldir Canal. À MESA, foi encaminhado, pelo vereador Bernardino
Vendruscolo, Líder da Bancada do PSD, a Emenda nº 01 ao Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 001/11 (Processo nº 0610/11). Também, foi
apregoado o Ofício nº 938/11, do senhor Prefeito, encaminhando o Projeto de Lei
do Executivo nº 040/11 (Processo nº 3490/11). Após, foram apregoados os
seguintes Memorandos, deferidos pela senhora Presidenta, solicitando
autorização para representar externamente este Legislativo: nº 031/11, de
autoria do vereador Dr. Raul Torelly, amanhã, no Grande Expediente da
Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul em homenagem ao
sexagésimo aniversário da Associação Médica do Rio Grande do Sul, às quatorze
horas, no Plenário 20 de Setembro do Palácio Farroupilha, em Porto Alegre; e nº
030/11, de autoria do vereador Dr. Thiago Duarte, hoje, na solenidade de
abertura da jornada “Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes –
práticas, intervenções, perspectivas...”, às treze horas e trinta minutos, no
Auditório Mondercil Paulo de Moraes, em Porto Alegre. Do EXPEDIENTE, constaram
Ofícios do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, emitidos no dia seis
de outubro do corrente. A seguir, a senhora Presidenta concedeu a palavra, em
TRIBUNA POPULAR, ao senhor Nilo César Franco Godolphim, Diretor-Presidente da
Associação Brasileira Beneficente de Assistência, Proteção e Defesa dos
Consumidores e Beneficiários de Planos e Apólices de Seguros – ABRASCONSEG –
que registrou o transcurso, no dia doze de outubro do corrente, do décimo
segundo aniversário de fundação da ABRASCONSEG, discorrendo sobre as atividades
desenvolvidas por essa instituição. Em continuidade, nos termos do artigo 206
do Regimento, os vereadores Bernardino Vendruscolo, Reginaldo Pujol, João
Carlos Nedel, Adeli Sell, DJ Cassiá, Professor Garcia, Toni Proença e Mario
Fraga manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular.
Após, a senhora Presidenta concedeu a palavra, para considerações finais sobre
o tema em debate, ao senhor Nilo César Franco de Godolphim. Em COMUNICAÇÃO DE
LÍDER, pronunciaram-se os vereadores João Antonio Dib, Lurdes da Lomba, Alceu
Brasinha, Idenir Cecchim, Carlos Todeschini, Paulinho Rubem Berta, Aldacir José
Oliboni, este pela oposição, Fernanda Melchionna, Reginaldo Pujol, Mario
Manfro, Bernardino Vendruscolo, Luciano Marcantônio e Toni Proença. Na
oportunidade, por solicitação do vereador Reginaldo Pujol, foi realizado um
minuto de silêncio em homenagem póstuma ao senhor Sérgio José Oliveira de Souza,
falecido no dia quatorze de outubro do corrente. Em GRANDE EXPEDIENTE,
pronunciaram-se os vereadores Mauro Zacher e Nelcir Tessaro. Em seguida, nos
termos do artigo 94, § 1º, alínea “g”, do Regimento, a senhora Presidenta
concedeu TEMPO ESPECIAL ao vereador Professor Garcia, que relatou sua
participação, em Representação Externa deste Legislativo, nos dias doze e treze
de outubro do corrente, no IV Fórum Nacional dos Conselhos das Profissões
Regulamentadas – Edição RS –, no Município de Bento Gonçalves – RS. Em TEMPO DE
PRESIDENTE, pronunciou-se a vereadora Sofia Cavedon. Às dezesseis horas e
trinta e sete minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM
DO DIA. Após, foi apregoado Mandado de Notificação de autoria do promotor de
justiça Fábio Roque Sbardellotto, da Promotoria de Justiça de Habitação e
Defesa da Ordem Urbanística do Ministério Público do Estado do Rio Grande do
Sul, para comparecimento do vereador Aldacir José Oliboni em audiência no dia
de hoje, às dezesseis horas e trinta minutos. Ainda, foi apregoado o Ofício nº
822/11, do senhor Prefeito, solicitando o arquivamento do Projeto de Lei do
Executivo nº 003/10 (Processo nº 0943/10). Em prosseguimento, foi apregoada a
Emenda nº 03, de autoria do vereador Alceu Brasinha, Vice-Líder da Bancada do
PTB, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 229/06 (Processo nº 5510/06), e foi
aprovado Requerimento de autoria do vereador DJ Cassiá, solicitando que essa
Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em
Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº 071/11 (Processo nº
1971/11). Foi aprovada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo
nº 071/11, por vinte e quatro votos SIM, quatro votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, em
votação nominal solicitada pela vereadora Sofia Cavedon, tendo votado Sim os
vereadores Alceu Brasinha, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul
Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto,
Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio,
Lurdes da Lomba, Maria Celeste, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro,
Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Reginaldo
Pujol e Tarciso Flecha Negra, votado Não os vereadores Adeli Sell, Bernardino
Vendruscolo, Nelcir Tessaro e Toni Proença e optado pela Abstenção os
vereadores Idenir Cecchim e Sebastião Melo. Foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 071/11, por dezenove votos SIM, nove votos NÃO e uma ABSTENÇÃO,
em votação nominal solicitada pelo vereador Nelcir Tessaro, tendo votado Sim os
vereadores Alceu Brasinha, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul
Torelly, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza,
João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Lurdes da Lomba,
Maria Celeste, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher e Nilo
Santos, votado Não os vereadores Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Dr. Thiago
Duarte, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Reginaldo
Pujol, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e optado pela Abstenção o vereador Idenir
Cecchim. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 079/11 (Processo nº
3399/11). Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 001/11 (Processo nº 0610/11), o qual, após ser discutido pelos vereadores
Bernardino Vendruscolo, Adeli Sell, Carlos Todeschini e Elias Vidal, teve sua
discussão adiada por três Sessões, a Requerimento, aprovado, de autoria do vereador
Bernardino Vendruscolo. Em continuidade, a senhora Presidenta prestou esclarecimentos
acerca das normas regimentais para eleição de cargo da Mesa Diretora desta
Casa, registrando o recebimento de documento de autoria do vereador Paulinho
Rubem Berta, Líder da Bancada do PPS, indicando o nome de Sua Excelência para o
cargo de 1º Secretário da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Porto Alegre.
Após, o vereador Paulinho Rubem Berta foi eleito 1º Secretário da Mesa Diretora,
por vinte e três votos SIM, tendo votado os vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha,
Bernardino Vendruscolo, Dr. Raul Torelly, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro
Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio
Dib, João Carlos Nedel, Lurdes da Lomba, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Nelcir
Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Sebastião Melo,
Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. A seguir, a senhora
Presidenta declarou empossado o vereador Paulinho Rubem Berta no cargo de 1º
Secretário da Mesa Diretora. Às dezessete horas e vinte e um minutos, o senhor
Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em TEMPO DE PRESIDENTE, pronunciou-se
a vereadora Sofia Cavedon. Em continuidade, foi apregoado Termo de autoria do
vereador Elias Vidal, informando a indicação dos nomes dos vereadores Elias
Vidal e Paulinho Rubem Berta, respectivamente, como Líder e Vice-Líder da
Bancada do PPS. Na ocasião, a senhora Presidenta registrou a presença, nesta
Casa, do deputado federal Luiz Noé, convidando-o a integrar a Mesa dos
trabalhos e concedendo a palavra a Sua Excelência, que discorreu sobre o papel
desempenhado pelos vereadores em uma democracia representativa, abordando em
especial aspectos atinentes à importância da manutenção de um dialogo constante
entre Poder Legislativo e comunidade. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os
vereadores Dr. Raul Torelly, em tempo cedido pelo vereador Sebastião Melo,
Maria Celeste, em tempo cedido pela vereadora Sofia Cavedon, Adeli Sell, em
tempo cedido pelo vereador Tarciso Flecha Negra, e Toni Proença. Após, foi
apregoado o Projeto de Resolução nº 036/11 (Processo nº 3447/11), de autoria do
vereador Mauro Pinheiro. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª
Sessão, os Projetos de Lei do Executivo nos 035 e 036/11, o Projeto
de Resolução nº 023/11; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei Complementar do
Legislativo nos 017 e 018/11, o Projeto de Lei do Legislativo nº
152/11, o Projeto de Resolução nº 031/11. Durante a Sessão, os vereadores
Reginaldo Pujol, Nelcir Tessaro, Sebastião Melo, João Antonio Dib, Toni Proença
e Paulinho Rubem Berta manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às
dezessete horas e cinquenta e quatro minutos, a senhora Presidenta declarou
encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão
Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelos vereadores Mario Manfro, DJ
Cassiá e Paulinho Rubem Berta e secretariados pelos vereadores Paulinho Rubem
Berta e Toni Proença. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída
e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Passamos
à
O Sr. Nilo César Franco de Godolphim,
representando a Associação Brasileira Beneficente de Assistência, Proteção e
Defesa dos Consumidores e Beneficiários de Planos e Apólices de Seguros -
Abrasconseg -, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos, para
tratar de assunto relativo a atividades desenvolvidas pela Abrasconseg.
O
SR. NILO CÉSAR FRANCO DE GODOLPHIM: Boa-tarde a todos; Srª Verª Sofia
Cavedon, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras desta Casa Legislativa, os quais cumprimento na pessoa do Ver. João
Antonio Dib; Sr. Darci Nichnig, Diretor Administrativo da Câmara Municipal de
Porto Alegre; Dr. Felipe Waquil Ferraro, Secretário-Geral da Comissão Especial
do Jovem Advogado e membro da Comissão Especial de Direito do Consumidor da OAB
do Rio Grande do Sul, nesta oportunidade representando o seu Presidente, o Sr.
Cláudio Pacheco Prates Lamachia; autoridades
maçônicas, meus cumprimentos, na figura do Irmão Neldo Alfredo Prante, representando o Grão-Mestre do Grande
Oriente do Rio Grande do Sul; autoridades rotárias; autoridades do Lions; Sr.
Renato Guimarães de Oliveira, Presidente do Sindicato dos Funcionários da
Câmara Municipal de Porto Alegre; Dr. Irmão Geraldo Jotz, Presidente da
Fundação São João, da Maçonaria Unida do Rio Grande do Sul - MURGS - ;
profissionais que advogam e parceiros da Abrasconseg, Dr. Artur Garrastazu; Dr.
Claudio Bonatto; Dr. Maurício Rolin; Dr. Roberto Wallig Brusius Ludwig; Dr.
Irineu Johan; Dr. Alexandre Simões Pires Machado; Dr. André Luis Vaccaro Meira;
Dr. Juracy Vilela de Souza; Dr. Jauro Duarte Gehlen; Dr. Jorge Alcebíades
Perrone Oliveira; meus irmãos, companheiros, companheiras, amigos, senhoras e
senhores, no dia 12 de outubro, a Associação Brasileira de Assistência, Proteção
e Defesa dos Consumidores de Seguro, a Abrasconseg, comemorou 12 anos de
atividade com um saldo extremamente positivo, prestando relevantes e oportunos
serviços à sociedade brasileira, beneficiando mais de 1,7 milhão de pessoas em
todo território brasileiro. Os primeiros passos da Associação centraram-se na
apresentação e divulgação junto aos mais diversos segmentos institucionais,
sendo que, no Congresso Nacional, a Diretoria da Abrasconseg foi recebida pelo
então Presidente, o Senador Rames Tebis, graças à acolhida, à assistência e ao
atendimento do Senador Pedro Simon.
No ano seguinte, em 2003, um dos fatos
marcantes na trajetória da Abrasconseg diz respeito à reunião e convite do
Governo Germano Rigotto, no mês de abril, para que a Abrasconseg participasse
do Conselho Estadual de Defesa do Consumidor.
No mês seguinte, maio de 2003, em
cerimônia no Palácio Piratini, este profissional foi surpreendido pelo então
Governador, ao ser reconhecido publicamente como um profissional de notório
saber sobre a atividade securitária. Naquela cerimônia, tivemos a honra de
assinar o Termo de Cooperação Técnica firmado entre o Governo do Estado e a
Abrasconseg, por serviços prestados pela Associação que foram reconhecidos e
traduzidos como de utilidade pública.
Continuamos trabalhando com afinco,
cumprindo a nossa missão e objetivos, cientes de que, algumas vezes,
ingressamos em terrenos desafiadores, eis que negócios milionários estavam se
desfazendo. Dezenas de representações junto à Susep, a Superintendência dos Seguros
Privados; denúncias junto ao Ministério Público Estadual, junto ao Ministério
Público Federal, foram apresentadas pela Abrasconseg, o que, a bem da verdade,
pouco trouxe de resultado prático, mas o dever havia sido cumprido. Com efeito,
no decorrer dessa trajetória, enfrentamos os mais diversos obstáculos,
dificuldades e desafios não imagináveis.
Em 2007, quanto mais avançávamos nas
ações individuais e ações coletivas, maiores se tornavam as exigências da
pequena, humilde, mas sólida Abrasconseg. Um dos trunfos da tranquilidade e
segurança das nossas ações decorre das sábias palavras do meu irmão José Oscar:
“Não se afaste da razão. A verdade é sublime e frágil”. Se o intento de uma
minoria em 2007 foi fechar a Abrasconseg, centenas de pessoas e entidades dos
mais diversos segmentos da sociedade pública e privada consignaram apoio
incondicional; aliás, este profissional e a atividade praticada na defesa dos
consumidores de seguros já haviam sido alvos de apoio incondicional da Susep em
1987 e, logo em seguida, do Procon de Porto Alegre. O profissional Nilo
Godolphim, o Presidente da Abrasconseg, este que lhes fala, o consultor e
ouvidor de seguros, é a mesma pessoa, o mesmo profissional, com os mesmos
princípios, com a mesma ética e moral. A Abrasconseg é um instrumento que atuou
e atua respeitando os valores éticos e morais nas relações de consumo.
Senhoras e senhores, todas as
turbulências vividas no decorrer desses 12 anos de atividade da Abrasconseg,
nós podemos resumir em um considerável aprendizado: aprendemos muito, ensinamos
muito, destacando que, para discutir o Direito, não é necessário provocar
guerra, nem fazer guerra. Se algumas vezes ultrapassamos limites nos
pronunciamentos, não raras vezes apresentando juízo de valor, foi no afã de agilizar
mudanças objetivando interromper ou minimizar prejuízos e danos suportados
pelos frágeis consumidores.
A atividade de seguros, da qual
participo ativamente e que vivencio há quase quatro décadas, é muito dinâmica,
e, como todo processo de seguros está alicerçado em contratos pré-elaborados,
contratos de adesão, a vulnerabilidade do consumidor aumenta
significativamente. Esse risco a que me refiro, a vulnerabilidade, é da
natureza das atividades de consumo massificado, a exemplo do serviço de
telefonia, serviços bancários e outros.
Das ações coletivas promovidas pela
Abrasconseg, em número de quatro, obtivemos procedência no Tribunal de Justiça
do Rio Grande do Sul: uma, por unanimidade, ora no STJ; outra com trânsito em
julgado; duas com parcial provimento. Digo parcial provimento, pois atendeu
nossos objetivos, quero dizer, resgatamos consideravelmente algo que os
segurados jamais esperavam. De toda sorte, fomos bem sucedidos graças aos
serviços prestados pelos competentes e dedicados escritórios de advocacia Jauro
Duarte Gehlen & Advogados Associados; Garrastazu Advogados Associados e
Ludwig Advogados Associados.
Senhoras e senhores, cara Presidente,
as ações coletivas visam essencialmente a discutir o Direito, e o Direito é
algo tão sensível aos nossos olhos, que, não raras vezes, leva-nos a
interpretações e entendimentos diferenciados. Tanto é verdade que,
recentemente, a 5ª e a 6ª Câmaras Cíveis do Tribunal de Justiça do Rio Grande
do Sul, frente a inúmeras ações individuais e uma ação coletiva, propuseram
dois encontros para decidir e uniformizar o entendimento daquela Corte,
denunciando a Súmula 35.
Procurando inovar, em outubro de 2010,
este que vos fala criou o canal do consumidor, o Ouvidor de seguro para o
segurado, única ouvidoria independente no mercado de seguros. E, exatamente há
um ano atrás, em 18 de outubro de 2010, estive em visita ao sindicato das
seguradoras, apresentando uma nova sistemática de trabalho para atender os
consumidores, valorando as ações pró-ativas, demonstrando que a imagem
institucional de seguro está afeta aos princípios da transparência e boa-fé na comunicação. Atualmente, o canal do Ouvidor do
Segurado tem atendido a dezenas de consultas diárias, e, para o bem-estar da
sociedade como um todo, as orientações prestadas têm resolvido muitas causas,
não havendo necessidade de mover a máquina pública.
A
pergunta: Mudamos? Sim, as seguradoras mudaram. Os resultados demonstram que
houve grande avanço, sobretudo no que diz respeito às adequações de atitude à
luz do Código de Defesa do Consumidor. Humildemente, quando em visita ao
Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul, disse, de corpo presente, ao
Sr. Presidente Julio Cesar Rosa: a discussão do direito não deve ser levada
para o lado pessoal, a discussão é salutar e necessária, não havendo vencedor e
vencidos. As demandas, a estratégia processual, a aplicação da legislação
normativa securitária das normas do Código de Defesa do Consumidor e da Lei de
Licitações exigem muita ciência. E parafraseando Norberto Bobbio: “Se às vezes
passo a enxergar um pouco mais longe, é porque subi em ombros de gigantes.”
Estamos
consolidando, através do canal do Ouvidor do Segurado, uma rede em nível
nacional, transacionando conhecimentos e experiências, tudo em benefício do
mercado e da imagem institucional do seguro.
Srª
Presidente, hoje, desta Tribuna Popular, digo que o mercado de seguros
amadureceu e está mais sólido e comprometido com o consumidor. Contudo, há
muito por fazer e conquistar, e as dificuldades decorrem essencialmente da nossa
cultura e formação dos consumidores.
Ao
encerrar, e em nome da sociedade brasileira, consigno especial agradecimento ao
escritório Perrone Slomp Advogados Associados, na pessoa do Desembargador Dr.
Jorge Perrone, recepcionando e atendendo a Abrasconseg, dando força e vigor
para que nossas ações e serviços à atividade mantenham-se cada vez mais
sólidas.
Eu não
poderia deixar de consignar meu agradecimento aos irmãos e amigos que, nas
horas difíceis, estenderam as mãos (Pausa.) e os cumprimentos na pessoa do
Desembargador Dr. Juracy Vilela de Souza.
E, por
fim, quando perguntado, não raras vezes, qual o incentivo, qual a motivação
para continuar na atividade como Presidente da Abrasconseg, sintetizo em dois
pontos: primeiro, pelo ideal de servir sem olhar a quem, um dos princípios
basilares do Rotary Internacional; segundo, pelo privilégio de termos um Poder
Judiciário cujas qualidades e virtudes traduzem o Direito à luz da moral e da
razão.
Srª
Presidente, Srs. Vereadores, autoridades já mencionadas, meus irmãos,
companheiros, companheiras, meus amigos, agradeço suas presenças para
prestigiar a diretoria da Abrasconseg nesta caminhada. Meu agradecimento muito
especial, muito especial mesmo, a todos aqueles que abraçaram com a
Abrasconseg, nos últimos oito anos, os funcionários públicos municipais de
Porto Alegre. Obrigado, Srª Presidente. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Convidamos o Sr. Nilo a fazer parte da Mesa para ouvirmos as
Bancadas e aproveito para parabenizá-lo pela fala. (Pausa.)
O Ver.
Bernardino Vendruscolo está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Srª Presidente
desta Casa, Verª Sofia Cavedon, quero cumprimentar o Presidente Nilo. Nilo, só
quem faz com o coração se emociona, só quem faz com amor se emociona. Então,
nossos cumprimentos, conte com a Bancada do PSD, com este Vereador, com o Ver.
Nelcir Tessaro e com o Ver. Tarciso Flecha Negra; nós estamos aqui à
disposição. E parabéns pelo trabalho que vocês desenvolvem em defesa do
consumidor, especialmente. Obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra, nos termos do
art. 206 do Regimento.
O SR. REGINALDO PUJOL: Eu
quero cumprimentar o Sr. Nilo César Franco de Godolphim, Presidente da
Associação Brasileira Beneficente de Assistência, Proteção e Defesa dos
Consumidores e Beneficiários dos Planos e Apólices de Seguro. Fiquei muito
satisfeito ao ouvir o seu pronunciamento altamente abalizado, especialmente se
nós considerarmos que todos nós, aqui, na Casa, temos os nossos compromissos de
mandato. E eu deixei muito claro, na minha proposta levada ao eleitorado da
Cidade, o meu compromisso na defesa do contribuinte e do consumidor, como
alicerce da cidadania.
Então, evidentemente, quando nós o
recebemos nesta Casa, e o senhor reproduz a atuação dinâmica da entidade
durante esses 12 anos de atividade, em nome do Democratas, Partido que eu
represento na Casa, como único representante e, consequentemente, como seu
Líder, estendo o meu abraço, a minha solidariedade, louvando a Presidência, que
abriu este espaço tão oportunamente, para que, da Tribuna Popular, pudesse
ressoar na cidade de Porto Alegre esse trabalho já realizado, ao qual agrego a
minha expectativa e o meu desejo de que prossiga e alcance os objetivos
relevantes a que se propõe. Meus cumprimentos, e seja sempre bem-vindo a esta
Casa. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Carlos Nedel está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srª Presidente, eu quero, em nome da
Bancada do Partido Progressista - do nosso Líder, Ver. João Dib; do Ver. Beto
Moesch e em meu nome -, dar as boas-vindas ao Sr. Nilo Godolphim, que há tanto
tempo luta pelo mercado segurador. Quero cumprimentá-lo pela fundação da
Ouvidoria, pois tenho certeza de que ela irá beneficiar os tomadores de seguro,
os consumidores, e também pela sua luta constante na ampliação do mercado de
seguros.
Também quero fazer um pedido: que,
nessa luta, se inclua também a diminuição do custo do seguro, o que ampliará
bastante o mercado.
Meus parabéns. Seja muito bem-vindo. A
Casa o acolhe com carinho. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli Sell está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. ADELI SELL: Verª Sofia, Godolphim, em nome da
Bancada do Partido dos Trabalhadores, dos nossos sete Vereadores, nós queremos
cumprimentá-lo e dizer da importância do debate sobre o seguro no Brasil. Além
disso, o Nedel acabou de colocar que o custo do seguro é altíssimo,
principalmente seguro de automóvel, e nós deveríamos estar mobilizando toda a
sociedade para fazer combate a alguns crimes, como esse do roubo e desmanche
dos carros. Nós estamos vendo agora o Detran adentrando uma responsabilidade
sua, finalmente, e nós, quem sabe, no ano que vem, já poderemos discutir a
diminuição do valor do seguro, porque hoje é quase impossível segurar um bem
como o automóvel exatamente pela questão do roubo e desmanche de automóveis que
tomou conta do Brasil, e, neste caso, Porto Alegre é a Cidade com o maior
índice de roubo de carros no Brasil; continua, infelizmente, apesar da
diminuição dos crimes durante o ano de 2011.
Sucesso à sua associação, à sua luta, e
contem com a Câmara Municipal. Nós temos aqui a Comissão de Defesa do
Consumidor e Direitos Humanos; casualmente, a nossa colega de Bancada, a Verª
Maria Celeste, é Presidente dessa Comissão, e lá é um bom espaço para fazer
esse debate. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. DJ CASSIÁ: Srª Presidente; Sr. Nilo, seja bem-vindo
a esta Casa. Em nome da Bancada do PTB - do Ver. Nilo Santos, Ver. Alceu
Brasinha, Ver. Elói Guimarães e deste Vereador -, queremos colocar a nossa
Bancada à sua disposição e fazer o nosso manifesto em nome da sociedade. O
papel de defender os direitos dos cidadãos não é qualquer um que faz hoje; esse
é um papel de muita importância para nós. Falou aqui o Ver. Adeli Sell sobre os
absurdos dos seguros, e, muitas vezes, não sabemos a quem recorrer quando o
seguro não cumpre com aquilo que foi estabelecido no seu acordo com o
consumidor, com o cidadão. Seja bem-vindo a esta Casa; parabéns pelo seu
trabalho e conte com a Bancada do PTB. Obrigado, Presidente. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Professor Garcia está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Caro Nilo Goldophim, é um prazer
revê-lo. Sei há anos da tua luta. Falamos aqui em nome do nosso Partido, o PMDB
- do nosso Líder, Ver. Cecchim; do Ver. Sebastião Melo, do Dr. Raul, Haroldo de
Souza e deste Vereador. Quero mais uma vez te parabenizar, porque já te conheço
há muitos e muitos anos e sei da tua luta em todos os campos de atuação, e tu
sabes, também, do meu envolvimento familiar nessa questão do seguro. Então,
temos que parabenizar e cada vez mais fazer com que o Brasil seja um país
consumidor do seguro, porque os países desenvolvidos, sabemos, estão todos
segurados, já faz parte do conceito. Ao nascer, as pessoas já têm esse
conceito. Nós aqui ainda estamos em evolução. Então, cada vez que há essa
oportunidade de vir a esta Casa, a Casa do Povo, para divulgar, realmente
ficamos contentes. Parabéns pelo teu trabalho. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Toni Proença está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. TONI PROENÇA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, quero cumprimentar o Nilo Godolphim pela
manifestação, pelo trabalho à frente da Abrasconseg, que é uma entidade
fundamental, porque o cidadão só precisa do seguro na hora do sinistro, na hora
em que está em condições desfavoráveis. E é nessa hora que as seguradoras,
geralmente, se aproveitam para não dar o tratamento adequado, não todas, é
verdade. Uma entidade como a que S. Sa. dirige é fundamental para a proteção do
consumidor na hora do sinistro. Parabéns pelo trabalho e conte com a Bancada do
Partido da Pátria Livre. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito bem. Manifestas as palavras das
Bancadas, nós ficamos muito honrados de marcar o 12º aniversário da Abrasconseg
na Casa. Presidente Nilo, agradecemos a presença de todos os parceiros, da
diretoria, e desejamos que essa entidade se fortaleça, que ela possa, cada vez
mais, responder aos direitos a que se propõe responder. De fato, isso é
bastante importante, porque todos nós sabemos o que é a luta inglória de quem
adquire um produto, seja em que área for, ter, de fato, um tratamento que
merece como consumidor.
O Ver. Mario Fraga está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. MARIO FRAGA: Srª Presidente, eu gostaria de fazer
uma breve saudação ao amigo Nilo - assim o considero. Já conheço há bastante
tempo o seu trabalho, e nós, na Vice-Liderança do PDT, Nilo, queremos te dar
essa saudação e desejar que tu continues trabalhando pelos teus consumidores,
aquelas pessoas a quem tu serves. Uma vida longa para ti e um bom trabalho - é
a saudação do Ver. Mario Fraga e do PDT. Meus parabéns! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Sr. Nilo César está com a palavra.
O
SR. NILO CÉSAR FRANCO DE GODOLPHIM: Agradeço a oportunidade da Casa
através da Presidente. Obrigado a todos, aos parceiros do Rotary, do Lions, da
Maçonaria, da Fundação e, sobretudo, àqueles que estão diariamente conosco. Aos
funcionários públicos municipais de Porto Alegre, meu agradecimento especial.
Quero dizer que nós continuamos na caminhada e trabalhando na defesa e
assistência dos direitos de todos vocês. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Passamos ao
O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores; minhas senhoras e meus senhores, na quinta-feira
que passou, eu lastimei profundamente não estar presente no momento da entrega
do Orçamento para 2012, por S. Exª, o Prefeito Municipal.
Ao longo da minha vida pública, muitas
vezes eu vim trazer, como Secretário do Governo, como Prefeito, a Proposta
Orçamentária à Casa do Povo de Porto Alegre. E sempre houve cordialidade quando
aqui estive. Nunca vi nada diferente, também no Salão Nobre, no tempo em que
estive como Vereador. Li, no Jornal do Comércio de sexta-feira passada: “Ao
invés de cerimônia protocolar, reunião no Legislativo teve até bate-boca entre
Vereadores.” Isso me levou a uma série de reflexões. Essas reflexões me fizeram
procurar, e fui até Platão. Platão diz - em consonância com o art. 2º da Lei
Orgânica do Município, que diz: ... são dois poderes independentes e harmônicos
- o que é harmonia: harmonia se obtém pela virtude. Já Unamuno diz que a
virtude é uma forma de inteligência. Faltou harmonia. Faltou inteligência? Não
sei. Também li, procurando saber, Dante Veoleci: “De grande valor moral é quem,
dispondo de poder ou de autoridade, só faz o que lhe ordena o dever, e não o
que lhe é mais fácil ou agradável.”
Até procurei uma informação em Os Dez
Mandamentos da Serenidade, do Papa João XXIII. O item 4 de Os Dez Mandamentos
da Serenidade diz: “Só por hoje me adaptarei às circunstâncias, sem pretender
que as circunstâncias se adaptem todas aos meus desejos.”
Foi profundamente lamentável o
Prefeito, demonstrando carinho pelo Poder Legislativo, vir com o seu Secretário
trazer a Proposta Orçamentária, e não ser isso um ato solene como determina o
protocolo, e sim um momento para debates e manifestações que não eram para
aquele momento. Para isso nós temos a Pauta, e na Pauta podemos falar. Aquele
momento foi usado de forma indevida, de forma incorreta, porque se esqueceram
da harmonia entre os dois Poderes e do respeito de um Poder pelo outro. O
Prefeito, vindo aqui, mostrou respeito à Câmara Municipal, o que, de resto, ele
tem demonstrado em todas as suas atitudes. Naquele momento solene, como diz o
próprio jornal: ao invés de cerimônia protocolar, reunião do Legislativo teve
até bate-boca entre Vereadores. Eu tenho que lastimar! Lastimo ainda porque não
pude estar ali, mas eu até havia avisado o Prefeito da impossibilidade do meu
comparecimento.
Não acho que seja esse um procedimento
que caiba à Câmara Municipal. Na verdade, este Vereador sempre diz que
presidente preside, e isso é uma coisa que tem que ser respeitada, minha cara
Presidente. Presidente preside e não se manifesta muitas vezes, apenas tem a
vontade e coordena os trabalhos.
De qualquer forma, fica o registro da
minha insatisfação por duas razões: por eu não estar e pela forma como
aconteceu a entrega da Proposta Orçamentária. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Srª Presidente, solicito um minuto de silêncio pelo
falecimento do Sr. Sérgio José Oliveira de Souza, um rotariano de destaque,
ex-presidente do Rotary Clube do Partenon, falecido na última sexta-feira.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Deferimos o pedido.
(Faz-se um minuto de silêncio.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O
Ver. Mauro Zacher está com a palavra em Grande Expediente.
O
SR. MAURO ZACHER: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon;
meus colegas Vereadores e Vereadoras; público que nos acompanha aqui, nas
galerias, e que nos assistem pela TVCâmara, este
talvez seja um dos momentos que nós, Vereadores, mais aguardamos, porque temos
um tempo maior para expressar e prestar contas do nosso mandato, demonstrando
aquilo que estamos fazendo, diariamente, aqui na Câmara, apresentando,
intermediando, mediando conflitos nos mais diversos locais e enfrentando
problemas.
É
evidente que, na condição de Líder do meu Partido, posição que me orgulha
muito, eu queria pedir licença para poder, juntamente com os meus colegas, usar
estes 15 minutos que são concedidos em Grande Expediente, justamente para
dividir com vocês o que tem dado ao Prefeito Fortunati a ótima aprovação do seu
Governo; um Governo que tem tentado enfrentar muitos dos gargalos históricos,
um Governo que tem a capacidade de dar continuidade àquilo que já vinha sendo
feito pelo Governo anterior, pelo Governo Fogaça, na verdade o mesmo Governo. Sobretudo
quero ressaltar a capacidade que o Governo tem tido no sentido de dialogar com
os diversos segmentos, mas também com a oposição, porque isso é ter o
entendimento de quem já governou a Cidade, ou de quem tem, aqui, na Câmara de
Vereadores, o seu espaço, merecendo a atenção, a participação de quem tem muito
a contribuir.
Então, se
temos um bom resultado hoje nas pesquisas de opinião é porque temos a
capacidade de dialogar, e, principalmente, sob a liderança do Prefeito
Fortunati, temos a capacidade de dialogar com o Governo do Estado e com o
Governo Federal, e temos, por parte desses Governos, uma atenção especial no
sentido de que possamos enfrentar os gargalos, mas, principalmente, enfrentar
as vésperas de uma Copa do Mundo, que merece investimentos de grande porte, e,
sobretudo, não esquecendo daquilo que as comunidades têm, anualmente,
reivindicado lá no Orçamento Participativo: pequenas obras, mas de grande
importância para o nosso Governo. É por isso, que, este ano, quando o Prefeito
Fortunati veio aqui e entregou a Peça Orçamentária, ele fez questão de trazer
as lideranças para dizer e afirmar, publicamente, que este Governo tem
democratizado ao máximo, dizendo que este Orçamento tem que ser o mais próximo
da realidade.
O Sr. Alceu Brasinha: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Querido Ver. Mauro Zacher,
tenho acompanhado o belo trabalho que V. Exª tem feito; aliás, se Deus quiser,
será o nosso futuro Presidente no ano que vem, com o apoio deste Vereador. Com
certeza, não houve Prefeito na história da cidade de Porto Alegre, nesses 20 ou
30 anos, que tenha feito tanta diferença. Todo o mundo tem ciúme do Fortunati,
que está implantando o que um Prefeito deve fazer na Cidade. É um Prefeito que
está na comunidade carente, bem como o seu Gabinete móvel. Isso é muito
importante. Quero dizer que tenho orgulho do nosso irmão, querido Prefeito,
José Fortunati, que está fazendo a diferença e que ainda vai fazer muito, podem
ter certeza.
O SR. MAURO ZACHER: Obrigado,
Ver. Brasinha.
O Sr. Paulinho Rubem Berta: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero
agradecer a V. Exª a oportunidade desse aparte e lhe dizer que o Prefeito José
Fortunati, pela sua luta, pelas parcerias que fez, pela sua conduta, tem se
postado de uma maneira a buscar os investimentos para a nossa Cidade, que são
tão necessários, como, ultimamente, o metrô. Todos nós conhecemos o trabalho de
José Fortunati nesta Cidade.
Mas eu
quero lhe dizer uma coisa, aproveitando a oportunidade, porque sei que seu tempo
é curto, mas preciso dizer que ele não está cuidando somente da questão global
desta Cidade, mas também está cuidando de pequenas coisas que fazem a diferença
na qualidade e no dia a dia das famílias.
Nós
acabamos de fazer uma parceria muito bonita e muito consistente com a
Secretaria Municipal de Coordenação Política e Governança Local, com
o DMAE, com o DEP, com a SMOV e com outras Secretarias - não vou citar ninguém
especificamente para não esquecer ninguém -, para enterrar 600 metros de canalização
na Vila Amazônia. Era um problema histórico de mais de 1.200 famílias. A chuva
já estava em São Leopoldo, e essas famílias já se preparavam para não terem as
suas casas alagadas. Por isso, tenho orgulho hoje de pertencer à base do
Governo. De todas as solicitações que foram feitas ao Prefeito, para algumas
ele teve a postura, a honradez e a posição de dizer não, porque elas eram
meramente impossíveis. Mas aquilo que ele diz, comprova, faz e
executa.
Eu quero parabenizar os moradores e
todas as lideranças do Conjunto Residencial Rubem Berta e Eixo Baltazar pela
luta que fizeram nesse grupo de trabalho, porque, hoje, a obra está quase
concluída, Vereador: 600 metros de canalização, embora isso fosse num esforço
descomunal do DEP - repito -, do DMAE da SMOV e, principalmente, da Secretaria
de Governança, coordenada pelo Secretário Cezar Busatto.
O senhor sabe que, quando eu tenho que
fazer a crítica, eu venho a esta tribuna e faço.
O
SR. MAURO ZACHER: E faça sempre, Vereador, por favor.
Isso é construir uma cidade.
O
Sr. Paulinho Rubem Berta: Agora também sei reconhecer o mérito
de quem tem, de quem trabalha e de quem não está preocupado só com a
superfície, mas está preocupado também em enterrar cano, porque isso leva saúde
às famílias. Desculpe-me tomar seu tempo. Muito obrigado.
O
SR. MAURO ZACHER: Eu agradeço, Vereador.
O
Sr. Nilo Santos: V. Exª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Ver. Mauro Zacher, eu quero cumprimentá-lo pelo seu
discurso e dizer que, na realidade, esse Governo é um projeto que se iniciou na
candidatura José Fogaça, que fez um excelente Governo, e hoje nós estamos sendo
presenteados, a Cidade está sendo presenteada por esse trabalho realizado pelo
nosso querido Prefeito José Fortunati, com a notícia do metrô chegando até a
nossa Capital. Isso apenas para coroar todo o trabalho realizado, porque Porto
Alegre vem em franco desenvolvimento. E não é apenas o Ver. Nilo Santos que
pensa assim; a própria Presidente Dilma reconhece as qualidades do nosso
Prefeito José Fortunati.
O
SR. MAURO ZACHER: Aliás, pede a atenção do Governador,
que o Governador dê atenção ao nosso Prefeito.
O
Sr. Nilo Santos: Exato. Isso é um reconhecimento. Por
isso fica difícil até para alguém fazer oposição, quando uma Presidente tão
qualificada como a nossa Presidente Dilma vem e pede ao Governador que cuide
com carinho do Prefeito. Por quê? Porque ela reconhece que é o melhor Prefeito
da história. Parabéns mais uma vez.
O
SR. MAURO ZACHER: Eu que agradeço as palavras dos
Vereadores Nilo, Brasinha e Paulinho. Na verdade, eu acho que todos nós estamos
contagiados com a vontade e com a possibilidade de realizar e levar as
demandas. É evidente que o que a gente coloca aqui não é que a Cidade esteja
uma maravilha. Tem muito que se fazer. E o que eu quero é saudar essa
capacidade de o Prefeito reconhecer aquilo que foi feito por outros Governos e
saber que tem que ser dada a continuidade, e, principalmente, a convergência
com os Partidos que fazem parte da base, mas também dialogando fortemente com a
oposição e com os outros entes da Federação, o Governo do Estado e a União, justamente porque o que está acima é o interesse da
Cidade, e é isso que tem nos contagiado. Então, quando nós acompanhamos pela
imprensa, aqui no nosso cotidiano, o anúncio do metrô, R$ 1 bilhão em
investimentos do Governo Federal, investimentos do Governo Estadual,
investimentos do Governo Municipal, isso é dizer que estamos chegando na linha
ou no caminho que nós queremos: botar a cidade de Porto Alegre no patamar de
cidades que estão acima, porque estão pensando o futuro da Cidade.
Ora, este
Plenário aqui fez um belo debate quando enfrentou a questão da Saúde, Ver. João
Dib. Aprovamos aqui o IMESF, que tem dado não só uma remuneração melhor aos
médicos, mas também tem levado a outras tantas comunidades o aumento de médicos
do plano da Saúde, assim como a informatização para a Saúde.
Eu
poderia aqui relembrar que nós votamos o Plano Diretor Cicloviário nesta Casa.
Este Vereador teve o prazer de ser o Relator dessa matéria. Houve
contrariedades em relação ao Projeto, mas já estamos fazendo ciclovias,
principalmente em algumas regiões onde há um grande número de ciclistas que
estavam se aventurando pela Cidade.
Ora, o
aeromóvel - com recursos federais, evidentemente -, é uma obra importante para cidade
de Porto Alegre.
Eu
poderia aqui lembrar e dividir com os colegas Vereadores o que será e o que
está sendo feito na transferência da Vila Dique. Com o prolongamento da pista,
com a preparação do aeroporto para transformar a cidade de Porto Alegre, Ver.
João Dib - por favor, se quiser fazer um aparte... A Vila Dique era uma obra
histórica; há mais de 30 anos nós convivemos em condições sub-humanas naquela
comunidade. Estamos enfrentando isso, Ver. João Dib, são quase 1.500 famílias
que serão realocadas.
O Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu gostaria de deixar bem
claro que as obras que estão sendo planejadas, programadas e projetadas são com
recursos que serão pagos pelo Município, com financiamentos, e não com obras do
Governo Federal, como se disse hoje, pela manhã.
O SR. MAURO ZACHER: Serão
financiadas e, é claro, pagas com orçamento do Município. Mas há um esforço
coletivo, Ver. João Dib - eu quero destacar. É claro que há, por parte do
Prefeito, uma forte vontade de realizar.
Quero
ressaltar a Vila Chocolatão, que foi outro gargalo enfrentado por este Governo.
São quase 181 famílias que viviam em
condições desumanas e que enfrentaram muitos incêndios, que acompanhamos;
muitos casos de maus-tratos, enfim, situações que não valem a pena. Foram 25
anos de história da Vila Chocolatão naquele local!
Eu quero
relembrar aqui a limpeza da Cidade: foram instalados, por enquanto, 1.200
contêineres. Porto Alegre é a primeira Capital do País que terá coleta
automatizada de lixo domiciliar. Isso também é uma referência, tem sido
reconhecida pela população a importância da colocação dos contêineres.
Outra
questão importante e que irá melhorar muito o acesso à Zona Sul é a Av. Tronco.
As dificuldades que enfrentaremos para desalojar quase 1.500 serão imensas! É
um desafio coletivo! A Câmara de Vereadores tem sido buscada diariamente pelos
moradores, que querem segurança, sejam os que vão sair ou os que receberão
famílias próximas, porque é uma obra de grande impacto para a Cidade. A Av.
Tronco é outra obra que está há 30 anos no papel!
Quero
repetir nesta tribuna: não é que tudo esteja às mil maravilhas; quero dizer que
há o nosso esforço coletivo, a liderança do Prefeito tem nos contagiado. Nós
estamos realmente conseguindo enfrentar essas situações.
Eu fui
citado pelo Ver. Nilo em relação a obras do Governo passado. O Pisa é uma
dessas obras. O Município de Porto Alegre tratava apenas 27% do seu esgoto. Ao
final dessa obra, iremos encerrar com 77%, quase 80% de esgoto tratado. Ou
seja, o Município, com seus quase 240 anos, tratou apenas 27% do seu esgoto, e
nós conseguimos enfrentar...
Por
favor, Ver. Todeschini, conhecedor desta matéria, contribua com o debate.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Por favor, o tempo se esgota, foram 15 minutos.
O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, é só um breve aparte, Ver. Mauro
Zacher, cumprimentando-o pela manifestação. Com relação ao esgoto tratado, é
verdade, 27% não é muito, mas é três vezes mais do que a média nacional. Em
segundo lugar, quero expressar uma preocupação, porque estão sendo feitas
grandes obras do Pisa apenas, e o trabalho árduo, difícil, que é fazer a
conexão doméstica dos esgotos às redes coletoras, não está sendo feito. Então,
teremos as grandes obras do Pisa prontas, e, só daqui a oito anos, talvez, elas
irão tratar o esgoto.
O SR. MAURO ZACHER: O
Ver. Todeschini traz uma preocupação que temos que avaliar.
Quero
dizer à Srª Presidente - que já me chamou a atenção com relação ao tempo - que,
evidentemente, o Grande Expediente não seria suficiente para falar tudo o que
estamos realizando e tudo o que gostaríamos de enfrentar, mas tenho certeza de
que estamos no caminho certo, e Porto Alegre está tendo um avanço fundamental e
garantindo uma cidade sustentável para o seu futuro. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Lurdes da Lomba está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. LURDES DA LOMBA: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu protocolei, na sexta-feira, um Projeto para o
qual tenho certeza de que terei o apoio desta Casa, de todos os Srs. Vereadores
e Sras Vereadoras.
Este Projeto vem ajudar a prevenir doenças que hoje estão acontecendo no nosso
País, inclusive na nossa Porto Alegre; o Projeto é sobre hortas comunitárias.
Nesse sentido, propomos a destinação de um percentual, a ser determinado pelo
Município, para hortas comunitárias nas regiões periféricas de Porto Alegre,
destinadas ao cultivo de hortaliças, ervas medicinais e árvores frutíferas,
direcionadas principalmente ao consumo da comunidade local, merenda escolar e
feiras comunitárias. A proposição tem como objetivo contemplar as comunidades
carentes da periferia, equacionando a deficiência alimentar e o resgate de
valores culturais esquecidos. Em uma hierarquia de valores sociais,
principalmente nas camadas populacionais mais pobres, a alimentação tem uma
grande importância, pois a falta de uma alimentação correta cria carência
vitamínica, que acarreta problemas de aprendizagem e desenvolvimento escolar.
Conto com o apoio desta Casa, com o
apoio das Sras Vereadoras e dos Srs. Vereadores, para que este
Projeto, que é de muita importância para o ser humano, seja aprovado. Nós, de
Porto Alegre, sabemos o quanto são importantes esses alimentos para a nossa
saúde, na prevenção de tantas doenças e de tantas outras coisas. Os senhores
sabem da importância dessas plantas medicinais e hortas comunitárias para a
prevenção de doenças, sem falar do contato com a mãe natureza. Também tem o
aspecto cultural.
E quero agradecer, neste último dia, a
toda esta Casa, a todos vocês, aos Vereadores e às Vereadoras, à Presidente da
nossa Casa, Sofia Cavedon, o carinho e solidariedade nesses 15 dias que eu
passei aqui. Levo para o resto da minha vida uma grande leitura da grande
sabedoria desses grandes Vereadores e Vereadoras. Conto com vocês. Vou estar
seguidamente aqui, trabalhando em cima do Projeto e pedindo o apoio de vocês.
Obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alceu Brasinha está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon,
Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, o Mauro Zacher não está aqui, mas
eu quero dizer para o querido Mauro que concordo plenamente com S. Exª em tudo
o que falou. Mais ainda, Vereadores: no ano que vem, nós estaremos na
Coordenação. O Ver. Mauro será o nosso Presidente - e isso é bom, porque ele
está já com uma visão de Presidente. Isso é bom!
Eu quero falar, Verª Maria Celeste,
minha querida Vereadora, que estou muito chateado com o Ministro Orlando, com
aquela voz calma, que faz tudo... Quando ele chegou lá no meu Grêmio, junto com
a Governadora Yeda, ele anunciou, junto com o meu Secretário, que é o Lara, que
a Copa seria realizada lá no Internacional, e, agora, eu começo a pensar: será
que a gente pode confiar num Ministro? Será, Ver. Dib? Porque eu vou lhe dizer
um outro detalhe: ele chegou lá no meu Grêmio... Se ele fez isso que estão
dizendo, ele não é digno de sentar à Mesa do Conselho do Grêmio. Não é digno!
Não é, Ver. DJ Cassiá, porque, lá no meu clube, tem hierarquia, tem comando,
tem Presidente, tem Conselheiro!
Eu comecei a ficar muito chateado com o
Ministro Orlando. Estive ao lado dele, lá, quando era para nós apoiarmos a
Dilma, e eu queria votar na Dilma; ajudei a apoiar e fiz campanha. Acho que
nenhum Vereador do PT teve mais qualificação para colocar carro de som com
volume como o que coloquei na Cidade para fazer campanha para a Dilma, junto
com o Ministro Orlando. E agora essas denúncias? Eu quero saber a explicação!
Eu quero!
Ver. Mauro, o senhor sabe que são muito
graves essas denúncias contra o Ministro Orlando. Como é que ele vai estar
pegando dinheiro na garagem? Como? Ele não é banco! Quem entende de banco é o
Ver. Nedel. Ele não está aí? Ele não é banco para estar recebendo dinheiro na
garagem, ele não tem nenhuma máquina para autenticar o pagamento. Como é que
vai estar recebendo, Vereador? É difícil!
Eu quero dizer para o Ministro:
“Ministro, o senhor tente se explicar rapidamente, porque isso é vergonhoso.”
E mais ainda: ele, desqualificado, vem
dizer que Porto Alegre está atrasada nas obras, vem querer desfazer do meu
Prefeito Fortunati! Quem é ele?! Quem é ele?! Quem é ele para vir
desqualificar? Ele deveria chegar aqui e se informar; se não quisesse se
informar com o Prefeito, que viesse aqui, na Câmara de Vereadores, e qualquer
um de nós teria informações para ele.
Ele disse que Porto Alegre está
atrasada em tudo. Ele está mais preocupado com a sua candidata para concorrer em Porto Alegre. Quem sabe, daqui a
pouquinho, o Orlando Silva pode ser Secretário do Município de Porto Alegre!
Ele não pode tirar a liberdade de um Prefeito que trabalha muito. E vocês, da
oposição, podem ter certeza: nunca houve um Prefeito igual ao Fortunati aqui em
Porto Alegre! Eu era apaixonado pelo Fogaça - e sou até hoje -, mas ninguém
trabalha tanto como o Fortunati. Ninguém! É um Prefeito que está preocupado com
a situação de Porto Alegre, está preocupado com as ruas, preocupado com a Copa.
E aí o Sr. Orlando Silva faz esta bobagem, diz que estão atrasadas as obras da
Copa! E o senhor, o que faz na garagem? Se eu pudesse falar para o senhor, eu falaria...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM: Srª
Presidente, Sras Vereadoras
e Srs. Vereadores, Ver. Brasinha, eu achei que, nesta semana, não haveria o
ladrão da semana, mas tem. Sempre tem o da semana! Eu estou muito preocupado,
porque a Presidente veio aqui, anunciou obras fantásticas. Eu só queria
comemorar isso, elogiar a postura da Presidente, a parte gaúcha da Presidente,
o esforço. Eu critico muito o Governo do Estado, mas agora o Governador e o
Prefeito trabalharam juntos, e, quando o Rio Grande se une, as coisas
acontecem.
No
sábado, de manhã, eu estava lendo a edição eletrônica da revista Veja e levei
um susto quando li: “Recebia dinheiro na garagem”. Aquela carinha gordinha do
Ministro Orlando Silva... Eu disse: “Não é possível. Será que é mais um que o
PT está abatendo?” Agora começou a briga em casa. Eu até tive peninha da
Prefeita de Gravataí, que foi cassada, e eu externei isso para a Presidente,
que estava na tribuna, que é briga que começou dentro de casa: começou com o
Vice, que queria ser prefeito, depois não quis mais. E agora estou muito
preocupado, porque começou a briga dentro da tal Frente Popular! Será que
começaram a denunciar o PCdoB só agora, porque tem um pequeno periguinho de o
PCdoB passar na frente do PT? Ou será que tinham razão aqueles que já estavam
denunciando esse Ministro há um tempo? Não é a primeira vez que o Orlando Silva
está nas manchetes! Não é a primeira vez! É muita ONG, Vereadores e Vereadoras;
é muita OSCIP neste País; é muito dinheiro saindo pelo ralo! Ou será que é
aquela comadre, que era jogadora de basquete ou sei lá do quê, que nem
brasileira é? Pelo menos não fala português! Até acho que, quando ela precisa
se explicar, ela fala portunhol; quando é para pedir, ela pede em português.
Essa jogadora é muito rápida para assaltar o dinheiro do povo brasileiro!
Agora,
Ver. Mauro Pinheiro, estou muito preocupado, e me contaram que tem escola de
samba na Zona Norte que tem alguma coisa a ver com o tal de segundo tempo! Ver.
João Dib, eu nunca tinha ouvido falar em roubar em dois tempos: rouba no
primeiro e no segundo tempo e põe o nome desses ladrões em segundo tempo! Mas
isso tem que ter uma solução. Não é possível! Ou será que o Governo Dilma vai
derrubar todos os ladrões do Lula? E são muitos, hem! Como era esse Governo
Lula, gente? Estão caindo todos os Ministros por corrupção! Não era só o
“mensalão”, não; era o Governo que estava podre, e tentaram empurrar isso para
cima da Presidente Dilma!
Mas ainda
bem que a Presidente Dilma e o nosso Vice-Presidente, Temer, estão cuidando
disso. A ladroagem do Governo Lula foi grande demais, e já se passou quase um
ano do outro Governo, e até achar todos os ladrões, quantas semanas mais? Por
mais quantas semanas teremos o ladrão da semana? E nós aqui nos queixando. É
uma pena! Em vez de aplaudirmos as grandes obras, como o Ver. Mauro
fez na Prefeitura, junto com o Governo do Estado, com a declaração da
Presidente, nós vimos aqui na segunda-feira falar da preocupação que temos com
os roubos em vários Ministérios. Muitos Ministérios!
Ver. Pedro Ruas, nós temos que começar
a olhar mais essas OSCIPs, essas ONGs, isso é uma maneira de desviar dinheiro,
e nós temos que cuidar. Temos que cuidar com esses “bonzinhos” que fazem
caridade! Tem muita caridade nessas ONGs, nessas OSCIPs! Caridade de ladrão, e
ladrão não pode fazer caridade! Eles não são Robin Hood, que diz que rouba dos
ricos para dar para os pobres. Eles roubam dos pobres para eles ficarem ricos!
É isso o que está acontecendo no Brasil. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon;
Vereadores, Vereadoras; todos os que nos acompanham; os que nos assistem nesta
Sessão de segunda à tarde, quero agradecer aqui a Liderança ao Ver. Mauro
Pinheiro; cumprimento também todos, em especial os membros da nossa Bancada.
Primeiro, Ver. Mauro, sem dúvida nós
temos que reconhecer que é uma conquista de todos. A Presidente Dilma, na
sexta-feira, anunciou aqui as obras do metrô, em que o Governo Federal vai
bancar R$ 1 bilhão a fundo perdido, e vai financiar para o Estado do Rio Grande
do Sul e para o Município de Porto Alegre mais R$ 750 milhões, e ainda uma
outra parte será captada pela iniciativa privada, que fará a gestão e a
exploração da concessão da obra em regime de Parceria Público-Privada por mais
um período a ser calculado. Parece-me que esta Câmara terá o papel, sim, de
definir várias coisas: o traçado, a concepção, o entorno, o todo da obra. É
papel, sim, desta Câmara, por isso há aqui a Frente Parlamentar, coordenada
pelo Ver. Mauro, que tem um trabalho intenso pela frente, assim como nós temos
a Frente Parlamentar Pró-Nova Ponte do Guaíba, e haverá reunião amanhã à tarde,
no Gondoleiros, às 17 horas, para tratar de um assunto muito importante também,
porque será o próximo anúncio a ser feito pela Presidente.
Eu penso que nós temos que saudar muito
este momento, que é de júbilo, de congraçamento, pelas grandes notícias que
chegam à nossa Cidade. Porto Alegre está precisando muito de mobilidade. Vi um
trabalho feito pelo jornal Zero Hora, e a pesquisa dá conta das dificuldades,
dos problemas que nós temos.
É
verdade, nós temos de reconhecer aqui a capacidade e a liderança do Prefeito
Fortunati. No entanto, nós temos de reconhecer e estar cientes da dificuldade
que sua equipe tem para trabalhar, para produzir e para implementar o
Orçamento.
Na
sexta-feira, à tarde, o Prefeito esteve aqui apresentando a Peça Orçamentária
para 2012; anunciou um investimento de R$ 4,7 bilhões, aproximadamente, talvez
R$ 800 milhões para investimento.
Mas o
Ver. Pedro Ruas, de forma brilhante e oportuna, questionou o Prefeito...
(Aparte
antirregimental do Ver. João Antonio Dib fora do microfone. Inaudível.)
O SR. CARLOS TODESCHINI: Precisamente,
Ver. João Dib, o senhor discorda, porque me parece que o senhor só gosta
daquele tempo em que não se podia falar e, se falava, dava condenação e prisão.
O senhor está desaprovando, por exemplo, o questionamento que foi feito. E esse
questionamento foi muito importante, por quê? Porque nós temos observado e
sabido que a média de investimento nos últimos sete anos, Verª Maria Celeste,
não ultrapassou os 38%.
Nós,
pelos dados do Ver. Pedro Ruas, temos, até o final de semana, um empenho de
42%, e uma liquidação, Ver. Brasinha, de apenas 30% do Orçamento de 2011, o que
significa de R$ 202 a R$ 203 milhões.
E a
questão que vem é a seguinte: como o Orçamento do ano que vem está proposto
para ser bem superior, se nós não conseguimos nunca chegar a 50% do empenhado,
quiçá do liquidado, que é muito maior?
E agora
há algumas coisas que eu quero que me expliquem, Ver. João Dib: por que a
licitação da duplicação da ponte da Ipiranga foi cancelada? Por que deu
deserta? Por que frustrou de novo? Por que muitas obras que já tinham de ter
acontecido em 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010, não aconteceram? Por quê? E não
foi por falta de orçamento; o Orçamento sempre vem para cá gordinho! Não foi
por falta de dinheiro!
E aí, o
que está acontecendo? Será que a equipe não tem capacidade, não tem condições,
não tem competência, não consegue dar conta, Ver. Cecchim?
Eu estava
atento à sua fala, o senhor fez o máximo para tentar livrar o Prefeito do
mal-estar - aliás, ele não ficou confortável, não, com a fala do Ver. Pedro
Ruas, que foi uma fala precisa. Este é o papel do Vereador: questionar e saber,
inclusive sobre a principal Lei que uma Cidade tem, que é a Lei Orçamentária,
através da qual se prometem, se anunciam, se planejam as obras, os
investimentos, os serviços.
Para concluir, quero deixar esta
manifestação: o Prefeito Municipal nos trouxe uma boa notícia, e queremos
aplaudir, é o maior Orçamento da história de Porto Alegre, só que ele tem que
acontecer. Se ele não acontecer, de novo a Cidade vai ser enganada e vai
continuar abandonada. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Professor Garcia está com a
palavra em Tempo Especial.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, eu tive a oportunidade, no feriado do dia 12 e no dia 13, de
representar esta Casa no IV Fórum Nacional das Profissões Regulamentadas, e
faço questão de dizer que o fiz sem ônus para a Casa, porque também estava como
representante do Conselho Federal de Educação Física. Lá se reuniram mais de
300 profissionais das mais diversas áreas de profissões regulamentadas, e
tivemos a oportunidade de discutir um pouco sobre a questão das profissões
regulamentadas no nosso País, as dificuldades, muitas vezes, de não constarem
num concurso público e de os conselhos terem que ir atrás das Prefeituras, ou
mesmo do Governo do Estado.
Também foi discutida a proliferação das
universidades no nosso País. Nos últimos anos, abriram-se, de forma
indiscriminada, centenas e centenas de faculdades novas, e, ao mesmo tempo, essas
faculdades novas, na sua grande maioria, são faculdades privadas, criando-se
uma falsa expectativa no povo brasileiro, de que todos teriam acesso à
universidade. Uma falsa expectativa! Se hoje está mais fácil o ingresso no
curso superior, ao mesmo tempo há a dificuldade, porque grande parte, a maioria
da população do nosso Brasil não tem condições financeiras de pagar uma
faculdade. Eles entram, mas não conseguem fazer o curso de maneira normal
porque não conseguem pagar as suas mensalidades e acabam desistindo.
Também tivemos uma reunião muito
interessante com o Tribunal de Contas da União, explicando os cuidados que os
conselhos têm que ter, principalmente os seus gestores, com a questão da coisa
pública, porque cada conselho, hoje - sempre foi -, é uma entidade federal.
Durante aqueles dois dias em que lá estive, foi muito profícua a reunião, e eu
tinha que vir aqui e contar para os demais colegas, porque, hoje, no nosso
País, cada vez mais essa questão das profissões regulamentadas tem que ser
muito bem vista e ponderada, porque se criam tantos cursos, tantas coisas
novas! Hoje nós temos Ensino Fundamental, ensino básico; Ensino Médio; Ensino
Pós-Médio; cursos de tecnólogos e as diversas graduações, mas volto a dizer que
ainda teríamos que criar políticas públicas de incentivo às famílias de classe
socialmente mais baixa, de menor poder aquisitivo, para que, realmente, elas
pudessem ter condições de acesso às universidades. Ainda estamos num sistema
inverso no nosso País; quem pode pagar, na sua grande maioria, vai para a
escola pública, para as universidades federais, porque tiveram boas escolas,
fizeram cursinhos, e a maior parte da população, que não tem condições
financeiras, acaba indo para a universidade privada e, muitas vezes, na sua
grande maioria, sem a mínima condição de pagamento. Queríamos fazer esse
relato. Era isso, Srª Presidente. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Solicito que o Ver. Mario Manfro assuma
a presidência dos trabalhos.
(O Ver. Mario Manfro assume a
presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE
(Mario Manfro): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra em Tempo de
Presidente.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Ver. Mario Manfro. Faço aqui
uma fala breve, mas pelo carinho e
respeito que tenho pelo Ver. João Antonio Dib, nosso Líder do Governo. Eu
poderia ser indiferente, mas não com V. Exª, Ver. Dib; eu poderia apenas
registrar a sua inconformidade com o momento de recepção do Prefeito, mas nós
também lamentamos a sua ausência. Quem agendou foi o Prefeito, em um horário
não possível para que V. Exª fosse testemunha do momento.
Faço questão de falar, porque acho que
foi um momento muito rico desta Casa e muito respeitoso com o Prefeito
Municipal, talvez não um momento formal apenas, Ver. Dib, mas esta Casa, neste
ano, está bastante viva, mais viva ainda do que já é. Nós nos surpreendemos, é
verdade, com a vinda de um grupo importante de artistas, Verª Fernanda
Melchionna, Ver. Pedro Ruas, que estão organizados no Sindicato dos Artistas e que
já haviam feito manifestação na praça, que estão procurando incrementar o
orçamento do Fumproarte relativo ao Funcultura. Nós nos surpreendemos. Nenhum
Vereador organizou esses artistas, e o Prefeito veio com um grande grupo de
conselheiros do Orçamento Participativo.
Então, foi um momento representativo
tanto das Bancadas quanto do Governo, quanto do Orçamento Participativo, quanto
da sociedade civil. E eu achei que seria muito deselegante não recebê-los ou
não conceder pelo menos um minuto ao Sindicato dos Artistas para entregar um
documento ao Prefeito. Entregaram e falaram um minuto, com muito respeito. As
nossas Bancadas se manifestaram, obviamente; a Bancada de oposição com alguma
contundência, mas muito respeitosa; as Bancadas de Governo saudando o Prefeito,
e esta Presidente levantando três preocupações. Eu acho que nós demos a
importância que o tema tinha para o momento. Nós estamos tratando de um
Orçamento desigual, diferenciado dos outros Orçamentos, porque nunca tivemos
tantos recursos de investimentos, recursos que o Governo Federal está colocando
nesta Cidade. Inclusive, Ver. Dib, a Presidenta Dilma informou que aquele R$ 1
bilhão que está colocando no metrô, Ver. Todeschini, é a fundo perdido. Essa é
a grande diferença e o grande impacto positivo que a cidade de Porto Alegre
terá, e uma parte - R$ 600 ou R$ 700 milhões - poderá ser financiada também
pelo Governo Federal, ou seja, R$ 750 milhões. Então nós estamos com um
Orçamento que nem contava com esses valores, de mais de R$ 4,5 milhões; imaginem
agora, com a perspectiva do metrô!
A cobrança que o Ver. Todeschini hoje
também fez é que se execute esse Orçamento, Ver. Paulinho Rubem Berta. É uma
expectativa. Nós já perdemos a Copa das Confederações e sabemos como é difícil
que projetos e licitações aconteçam sem irregularidades, com muita lisura, com
a observância da eficácia pública.
Então, todos os que se manifestaram
torcem para que este Orçamento, de fato, transforme-se em orçamento vivo na
Cidade.
O Ver. Elói Guimarães também achou que
o momento estava com um pouco de debate demais, solicitou a manutenção do
ritual, mas eu quero dizer que, com a compreensão de Vossas Excelências, nós
tivemos um momento muito rico, um momento que antecipou os debates que faremos
nesta Casa, um momento no qual, inclusive, a base do Governo, o Ver. Nedel,
levantou a problemática das emendas ao Prefeito Municipal. Então não é uma
preocupação apenas da oposição, e nós sabemos que, com o Prefeito, não
conseguimos fazer esse debate durante o processo do Orçamento. Nós o fazemos
com os Secretários, mas dificilmente conseguimos discutir com o Prefeito.
Então eu acho que a Casa, na sua
autonomia, antecipou ao Prefeito Municipal as prioridades, os problemas, as
preocupações em relação ao Orçamento que apresentou nesta Casa. Eu acho, Ver.
Mauro Zacher, que foi muito importante, porque o Prefeito Fortunati pode ter as
determinações dele, e nós sabemos que, quando ele está determinado em um ponto,
é bastante difícil demovê-lo, mas, quando ele escuta as ponderações do Legislativo
no início de um processo de discussão, tenho certeza de que dá uma outra
perspectiva para a tramitação do Orçamento nesta Casa.
Então, era essa a intenção da reunião,
que foi muito rica, na minha opinião, e que trouxe responsabilidades para nós.
Eu penso que nós devemos olhar com atenção o tema da cultura e das creches
comunitárias, para ver se alteramos algo neste Orçamento. São dois temas
bastante contundentes que estão colocados para a mediação deste Legislativo.
Muito obrigada pela atenção de vocês.
(Não revisado pela oradora.)
(A Verª Sofia Cavedon reassume a
presidência dos trabalhos.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon;
meus colegas Vereadores; minhas colegas Vereadoras - parceiros de luta nesta
Casa -, acho que a visita da Presidente Dilma ao nosso Estado, à nossa Capital,
se tornou um dia histórico em Porto Alegre. Temos enfrentado diversas dificuldades
na questão da mobilidade urbana da nossa Cidade e [as soluções] não devem vir
somente por causa da Copa de 2014, mas porque o cidadão porto-alegrense tem o
direito de andar nesta Cidade e usufruir os impostos que paga. Quero bater
palmas à Presidente Dilma por sua coerência, por vir a Porto Alegre, colocar R$
1 bilhão [para o metrô], se preocupar com a Cidade - a nossa Cidade é uma da
poucas Capitais que ainda não têm metrô, o qual começará na FIERGS -, e dizer
que sou obrigado a reconhecer o esforço do Governo Federal no sentido de dar
essas condições à nossa Cidade. Também quero dizer que acho que a Presidente
Dilma acertou mais uma vez ao declarar publicamente o seu apoio a José
Fortunati; declarou apoio à pessoa dele e também ao bom trabalho que ele vem
desempenhando em nossa Cidade - e aí, mais uma vez, eu tenho que concordar.
A Zona Norte de Porto Alegre,
principalmente a Zona Norte, há muito tempo, requer, tem direito e merece esse
investimento e essa mobilidade lá, pois isso vai gerar emprego, renda,
aprendizado, uma série de benefícios à nossa região.
Mas como tudo na vida nem sempre é
festa, nem sempre é só andar para frente, hoje, ouvindo o Ver. Idenir Cecchim
aqui, eu comecei a me preocupar. Com relação às ONGs, às associações de moradores,
à escola da Zona Norte, ao programa Segundo Tempo, minha gente, nem todos devem
estar “no mesmo saco”! Existem, sim, ONGs honestas, que trabalham pelo
bem-estar da comunidade e fazem as coisas acontecerem em benefício das
comunidades.
Eu quero dizer que venho do mundo
comunitário e conheço, nesta Cidade, diversas lideranças comunitárias, Ver.
Oliboni, que trabalham da manhã à noite, fazem uma luta fantástica em prol dos
que mais precisam: é a Dona Teresa, lá no cantinho do Recanto do Sabiá, que vai
lá e faz uma panela de sopa para dar às pessoas que, muitas vezes, não têm o
que comer; é aquela moça, no bairro Restinga, que também faz um sopão; é aquele
que está dando o material escolar; aquele que está levando para o colégio; é o
Mova, é isso e aquilo. Eu fico muito preocupado com essa situação. Acho que
temos que começar a separar o joio do trigo. Agora, R$ 4 milhões! Ver. Pujol, o
senhor já imaginou, foram R$ 4 milhões que sumiram! Quatro milhões que fariam a
diferença na vida de milhares de pessoas, que dariam futuro a milhares de
meninos! Se esse dinheiro não retornar aos cofres públicos para ser destinado
aos que precisam, é chover no molhado. Fala-se muito em fraude, em apropriação
indébita do dinheiro público, mas eu não ouço falar no retorno desse dinheiro
para quem de direito! Eu não vejo as pessoas dizerem: “Olha aqui, o Fulano foi
penalizado e teve que devolver”! Mas assim fica fácil! No momento em que for
devidamente comprovado que o dinheiro público foi desviado para uso particular,
esse dinheiro tem que voltar, sim, aos cofres públicos e ser destinado às
pessoas que têm direito, que são as que mais precisam neste País...
(Som cortado automaticamente por
limitação de tempo.)
(Presidente
concede tempo para o término do pronunciamento.)
O
SR. PAULINHO RUBEM BERTA: ...Obrigado,
Presidente, por mais esse minuto, pela sua sensibilidade. Quantas
fraudes já aconteceram nos últimos anos? Quantos Ministros já caíram? Por
favor, digam-me quanto foi devolvido! Quanto de recurso voltou aos cofres públicos?
Quem devolveu? E a devolução?! O dinheiro some, e acabou! As pessoas deixam o
poder; depois de meia dúzia de anos voltam, assumem o poder e, de novo, estão
“metendo a mão”. Por favor, tem que haver uma maneira de fazer esse dinheiro
retornar aos cofres públicos. O dinheiro da população tem que ser destinado à
população, tem que retornar! Se não retornar, é a mesma coisa que “trocar seis
por meia dúzia”...
(Som cortado automaticamente por
limitação de tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a
palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O
SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidenta, Verª Sofia Cavedon;
colegas Vereadores, Vereadoras; público que acompanha a nossa Sessão no dia de
hoje, eu estava dizendo, inclusive, aqui para o meu colega Mauro Zacher, que eu
estava lá, ao lado do Mauro Pinheiro, meu colega, e ouvi, pessoalmente, o
discurso da nossa Presidenta, como ouvi também o discurso do nosso Governador,
nesse grande ato que aconteceu na sexta-feira, no Palácio do Governo do Estado
do Rio Grande do Sul. Percebemos que ali uma coisa que aconteceu e que vai
ficar na história, com certeza, foi o anúncio dessa magnífica e futura obra do
metrô nesta Cidade. Foi um momento histórico não só porque a Presidenta é
gaúcha, é do Rio Grande, mas porque ali - nobre Elói, que diz que o coração é
gaúcho, e é verdade - havia um movimento jamais visto na história do Rio Grande
do Sul. As pessoas estavam ali não só comemorando, mas fazendo parte da
extraordinária comemoração desse evento - estavam presentes, além da Presidenta
Dilma, os representantes das Câmaras de Vereadores, inclusive a Presidenta
Sofia Cavedon estava à Mesa; o Adão Villaverde, da Assembleia Legislativa; o
Marco Maia, Presidente da Câmara Federal; vários Ministros; o Governador. Esse
movimento da vinda do metrô, sem dúvida nenhuma, Ver. João Antonio Dib, foi
suprapartidário, Marli - que nos dá a alegria de estar aqui visitando a Câmara
de Vereadores. Nós nos orgulhamos quando as coisas acontecem, quando percebemos
que não é por falta de vontade política que as coisas não acontecem. De fato,
esse movimento foi além disso, porque muitos imaginavam que a ponte do Guaíba,
por exemplo, não seria construída, mas a Presidente Dilma disse que, daqui a
alguns dias ou meses, estará de volta para anunciar a nova ponte sobre o rio
Guaíba. Então, como disse o Governador Tarso, as coisas apenas estão começando.
Inclusive o Governador pleiteia a devolução do dinheiro da dívida com a CEEE - e
estou falando de bilhões! -, o que vai dar, com certeza, fôlego para a
reestruturação de obras importantes para o Rio Grande, seja na pavimentação,
seja na Saúde, seja no piso nacional do salário do Magistério, ou em tantos
outros projetos que não foram feitos por outros Governos, mas que, para os
quais, o Governo Tarso está traçando uma linha para poder, até o final do seu
Governo, cumprir as metas.
Então, é claro que foi um momento
oportuno, um momento festivo, o que nós queremos que continue, porque vai
representar muito para a cidade de Porto Alegre. Nós percebemos que são poucos
os Deputados que falam sobre Porto Alegre - a Porto Alegre que nós escolhemos,
Todeschini, para viver, para morar, para defender, para lutar por ela -, e,
muitas vezes, projetos estruturantes acabam ficando de fora. Nós sabemos que o
transporte coletivo deixa muito a desejar nesta Cidade. Então, é fundamental,
sim, essa notícia, mas também é fundamental que os projetos aconteçam e que não
fiquem somente no papel. Até 2017, com certeza, teremos o grande anúncio de que
a obra do metrô da Região Norte de Porto Alegre estará acontecendo ou estará
sendo concluída. E vamos lutar também pela Região Leste de Porto Alegre, pois a
Cidade não compreende somente a Região Norte, mas compreende também a Região
Leste, a Região Sul; portanto, a mobilidade urbana tem que ter qualidade e
condições de trafegabilidade, proporcionando qualidade para o usuário a um
preço compatível com o salário dos trabalhadores.
É muito importante, Ver. João Antonio
Dib, que as coisas aconteçam a curto, médio ou longo prazo, para que a Cidade,
para que os nossos filhos, para que os atuais e futuros cidadãos desta Cidade
possam se utilizar de uma infraestrutura melhor, seja na Saúde, no Transporte
ou na Educação, mas que as coisas, de fato, aconteçam.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Fernanda Melchionna está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon,
primeiro eu gostaria de agradecer ao nosso Líder do PSOL, Ver. Pedro Ruas, que
me cedeu o seu tempo. Eu tenho certeza de que o Ver. Pedro Ruas também gostaria
de usar este espaço para falar dessa bandalheira com os recursos do Ministério
dos Esportes, tema que o Vereador e o nosso Partido vêm acompanhando durante um
bom tempo, que é o uso das ONGs-fantasmas para roubar, desde 2009 - recorda o
Ver. Pedro Ruas -, dinheiro das crianças carentes do nosso País, que necessitam
de políticas públicas na área dos esportes, na cultura, em qualquer área
social.
Eu agradeço a cedência do tempo, sem
deixar de fazer este registro: a posição do Ministro Orlando Silva, do PCdoB, é
absolutamente vergonhosa; ele que tem usado o seu cargo no Ministério dos
Esportes para oferecer benesses aos seus correligionários, enquanto as crianças
brasileiras necessitam, cada vez mais, de recursos para políticas sociais.
Vimos aqui também cobrar imediatamente a investigação, a punição dos
responsáveis e, sobretudo, como sempre lembra o Ver. Pedro Ruas, o
ressarcimento ao erário de cada centavo roubado do povo brasileiro.
Venho a esta tribuna para falar da
nossa satisfação, Verª Maria Celeste, de acompanhar, no dia 15 de outubro, a
resposta que a população mundial deu às consequências da crise econômica
construída pelos grandes capitalistas e grandes banqueiros do mundo e que
querem repassar a conta para os trabalhadores e as trabalhadoras de todos os
lugares.
Não é à toa que a primavera de 2011
começou mais cedo; começou com as revoluções democráticas na Tunísia e no
Egito, onde o povo, as mulheres e a juventude se levantaram para conquistar a
democracia e, sobretudo, para bradar contra as consequências da crise econômica
no seu bolso. Neste momento, isso se espalhou para vários países do mundo que já
estavam sofrendo as consequências, Ver. Pedro Ruas, dessa crise econômica dos
capitalistas. O povo da Grécia, que fez greve geral e segue lutando contra a
retirada de direitos; os indignados, na Espanha, que, no dia 15 de maio,
ocuparam a Praça Puerta del Sol para dizer que a juventude espanhola não
aceitava mais a farsa democrática existente nesse modelo capitalista e que se
espalhou por Portugal, se espalhou pela Itália, se espalhou por vários países
da Europa, chegando, inclusive, ao centro financeiro, que fica nos Estados
Unidos, em Wall Street, onde ficam os grandes especuladores com o dinheiro do
povo. O povo desempregado norte-americano tem feito uma ocupação que já dura
mais de três semanas e que coloca que a população do globo é, na verdade, 99% da
população, que é necessário que haja essa unidade, que haja essa união dos 99%
que não construíram a crise econômica, que não são os grandes empresários que
lucram às custas da população e que são os primeiros a perder direitos quando
os banqueiros querem que o Estado intervenha para salvar os seus lucros, salvar
a sua acumulação capitalista.
E lá, onde estiveram várias
personalidades, como Michael Moore, Slavoj Zizek e outras personalidades que
constroem a política por um mundo diferente, assim como em vários lugares do
mundo, no dia 15 de outubro, as pessoas saíram às ruas. Foram 952 cidades, em
82 países, em um mesmo tom, como parte da luta por uma revolução global, como
parte da luta contra a injustiça desse sistema das grandes corporações e dos
grandes banqueiros, como parte da luta daqueles que controlam a democracia que,
na verdade, não tem nada da origem etimológica da palavra, que é poder ao povo,
porque quem controla a economia, quem controla a política, majoritariamente,
são justamente as grandes corporações. E essas pessoas começaram, felizmente, a
se organizar e a pautar a necessidade de mudar esse sistema e de construir um
futuro diferente.
Então eu quero registrar a nossa
alegria, Ver. Pedro Ruas, minha e de V. Exª, de podermos ter participado, no
sábado, aqui em Porto Alegre, da Caminhada da Juventude, também com o chamado
por uma democracia real no Brasil. Nós fizemos parte do movimento que se
encontrou no Monumento do Expedicionário e se juntou na Praça da Matriz para
mostrar que é fundamental que a população se organize, para mostrar que o povo
é a maioria no mundo e que, infelizmente, não é a maioria em nenhuma das
decisões relativas à política e à economia. E é fundamental que contaminemos
cada vez mais o Brasil com esses novos ares, porque ainda falta muito para que
a população brasileira e a juventude brasileira consigam conquistar uma
democracia real, de fato, que signifique o controle da população sobre a
riqueza, sobre a economia, sobre a política, sobre o futuro da humanidade.
Para completar, quero dizer do nosso
Projeto, aqui na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, que cria a figura da
sugestão legislativa, justamente no intuito de radicalizar a democracia e fazer
com que, cada vez mais, aqueles que estão fora do Parlamento tenham voz, vez,
atividade e possibilidade de intervir nos rumos da política municipal, e tomar
a política de Porto Alegre também nas nossas mãos. Esperamos que os nossos
Pares votem a favor do nosso Projeto.
(Não revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra em Grande Expediente.
O SR. NELCIR TESSARO: Srª
Presidente; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; público que nos assiste, quero dizer da alegria
de estar aqui, pela primeira oportunidade, em Grande Expediente, pelo meu
Partido, o Partido Social Democrático, PSD. Quero cumprimentar também o novo
Partido, o PPL, do Ver. Toni Proença, colega desta Casa, e os demais Partidos
presentes.
Quero
dizer que o nosso PSD, na última quinta-feira, esteve reunido com o Prefeito
Municipal e com o nosso Presidente Estadual, Dep. Danrlei, para dizer ao
Prefeito José Fortunati que estamos aqui para trabalhar por Porto Alegre. Nós
queremos o melhor para Porto Alegre e estamos aqui não para fazer oposição ao
Prefeito, não somos situação, mas para acompanhá-lo nos projetos interessantes
que tragam o desenvolvimento para esta Capital. Isso é muito importante, Ver.
Bernardino, que estava presente. Fomos muito bem acolhidos pelo Prefeito
Municipal, que nos deu um grande respaldo, uma recepção maravilhosa, e não
esperávamos outra coisa senão a recepção que tivemos. O Prefeito José Fortunati
atende muito bem a todos, principalmente aos Partidos que estão hoje na sua
base e nós, que estamos chegando agora para trabalhar pelo desenvolvimento da
Capital.
O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver.
Nelcir Tessaro, quero cumprimentá-lo e agradecer a oportunidade do aparte.
Quero lembrar que ficou bem claro para o Prefeito que, de nossa parte, não abriríamos
mão das nossas bandeiras, e que nós vamos votar, sim, os projetos do Executivo
que forem bons para a sociedade, bons para a Cidade, não perdendo de vista as
nossas bandeiras. Eu posso dizer que, quando se fala em Copa do Mundo, nós
perseguimos a criação do Parque Temático da Cultura Gaúcha, do Memorial ao
Chimarrão, do Museu do Gaúcho, porque são nichos, questões que serão procuradas
e visitadas por aqueles que virão a Porto Alegre
visitar a Cidade, que é a capital internacional do gaúcho, além de outros
projetos. Inclusive faço um apelo para que se vote hoje o Projeto que busca
alterar o vencimento do IPTU.
O Sr. Tarciso Flecha Negra: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nosso
Líder, Tessaro, do PSD, quero dizer da alegria dessa conversa com o Prefeito. A
minha resposta ao nosso Presidente Danrlei foi sim, ir para o Partido, porque é
a mesma bandeira minha. A minha bandeira, aonde quer que eu vá, será sempre,
todos aqui sabem, a inclusão da criança e do jovem na educação e no esporte.
Vou brigar sempre por essas crianças aqui dentro e fora da Câmara.
O SR. NELCIR TESSARO: Até porque o nosso Partido, o PSD, é um Partido que defende
a inclusão social. Nós trabalhamos pelo voto distrital, nós trabalhamos contra
o financiamento público de campanha, pois entendemos que, mais uma vez, é
justamente do bolso do cidadão que vai sair. É muito importante continuarmos a
trabalhar para que, cada vez mais, o cidadão tenha prioridade, seja defendido
em projetos.
Falamos
muito com o Prefeito sobre as obras da Copa do Mundo, da nossa preocupação com
a Copa das Confederações, Ver. Reginaldo Pujol, da nossa preocupação, da nossa
grande expectativa, pois seria anunciado pela nossa Presidente o início das
obras do metrô em Porto Alegre. Nós presidimos, na Câmara de Vereadores, uma
Comissão, da qual o senhor foi o Relator, ouvimos muitas pessoas envolvidas. O
Secretário Beto, também um especialista de mobilidade urbana desta Capital,
esteve presente na nossa Comissão. Discutimos amplamente com o Prefeito sobre
todas as obras essenciais da nossa Cidade e sobre as obras principais no
sentido de que aconteça, em 2014, a melhor Copa de todos os tempos.
O Sr. DJ Cassiá:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vou voltar; V. Exª levantou
um tema importantíssimo sobre a questão do financiamento de campanha. Ver.
Tessaro, na sociedade, o trabalhador já paga tantos impostos neste País, e a
contrapartida é tão miserável, desculpe a expressão que estou usando. Pergunte
ao cidadão ali fora, ao trabalhador se ele quer pagar campanha de político. É
evidente que não. E eu concordo com o senhor. A campanha deve ser financiada
pelos Partidos e pelos candidatos, e não a sociedade ter que pagar mais um
imposto, porque isso é um imposto colocado goela abaixo na sociedade! Obrigado
e parabéns! Eu penso da mesma forma que o senhor, Ver. Tessaro.
O
SR. NELCIR TESSARO: Obrigado, Ver. DJ Cassiá. Pensamos para
o bem do povo.
O
Sr. Reginaldo Pujol: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Tessaro, fico grato pelo seu aparte. Quero, antes de mais
nada, dizer que é a primeira vez que, publicamente, eu dialogo com V. Exª
depois que V. Exª ingressou no Partido Social Democrático.
Eu tive com V. Exª excelente
convivência durante os 21 anos que V. Exª esteve no Partido Trabalhista
Brasileiro, sempre colocando o interesse público acima do Partido político e,
evidentemente, acima de qualquer outra coisa. Sei que Vossa Excelência, por ter
mudado de sigla, não vai mudar o seu comportamento. E eu quero continuar tendo o
bom relacionamento que sempre tive com V. Exª ao longo desse tempo todo,
especialmente nesse período em que estamos juntos aqui na Câmara Municipal.
Nessa linha, Vereador, sendo o Relator
da Comissão do Metrô, que V. Exª preside com muita eficiência e algumas
dificuldades, quero me congratular com Vossa Excelência, que, na sua visita ao
Prefeito Fortunati, fez algumas ponderações que me parecem muito justas. Nós
estamos festejando muito tudo o que vemos nos jornais. A rigor, passaram para o
povo que a Presidente da República veio aqui com R$ 1 bilhão e entregou para o
Prefeito fazer o metrô. A história não é bem assim. Nós já vivemos neste País
situações do reino do faz de conta, obras que se eternizam no tempo. Nós temos
que ter o cuidado de apoiar as boas intenções do Prefeito, para que aqui também
não ocorram situações como essa.
Por fim, Vereador, está na hora de a
gente entender que financiamento a gente paga, que ninguém faz favor nenhum em
oferecer um financiamento que é feito com recursos públicos para o gerador
desses recursos, que é a sociedade, a comunidade que paga os impostos. Então,
meus cumprimentos; a sua presença junto ao Prefeito, com a sua tranquilidade e
serenidade, com certeza deve ter contribuído para alertá-lo que não se pode
entrar nesse clima de festa antecipada,
porque isso é muito perigoso.
O SR. NELCIR TESSARO: É
verdade. Obrigado pela contribuição, Ver. Reginaldo Pujol, e a recíproca dos 21
anos é verdadeira, e vamos continuar sempre nessa parceria. Acho que podemos
divergir em alguns projetos, mas somos parceiros para o bem da Cidade e para
discutirmos os melhores projetos para a população. Nós somos aqui,
independentemente de Partidos, os representantes do povo porto-alegrense e
assim continuaremos a ser durante todo este mandato.
Justamente
com a parte do metrô, com toda a certeza, o Prefeito - houve uma euforia na
última sexta-feira, porque o anúncio foi grande - terá uma preocupação e
precaução, porque o fato de dizer que está liberado R$ 1 bilhão não é bem
assim, e os R$ 750 milhões que virão do BNDES, com financiamentos, não é favor;
isso é a obrigação do BNDES, que é fazer com que haja esses financiamentos para
as grandes capitais e que possa a mobilidade urbana, cada vez mais, melhorar.
Hoje eu
ouvi um debate, e 50% dos entrevistados disseram que não vão deixar o
automóvel. Então, justamente quando ouvimos 50% dos porto-alegrenses dizerem
que não vão deixar o seu automóvel para andar de metrô, eu fico preocupado,
porque, na última conferência realizada no Panamá, do dia 1º ao dia 5 de
outubro, a Conferência Mundial sobre as Mudanças Climáticas, se mostrou que a
Alemanha é o país mais poluente em decorrência dos automóveis e da circulação
de veículos no mundo todo. A Alemanha, na proporção, polui o ar 450 milhões de
vezes. Nós temos 750 mil veículos em Porto Alegre, quase 850 mil motos e tantas
e tantas viagens de ônibus para o Centro da Capital, e isso, cada vez mais,
está fazendo com que a poluição se torne uma preocupação climática aqui também.
Acho que
é muito importante trabalharmos, e vamos fazer com que o relatório da nossa
Comissão do Metrô, que está encerrada, possa servir justamente de balizamento
para o Executivo, porque não adianta, Ver. Pujol, pensarmos só na Zona Norte da
Capital. Do Centro da Cidade até a FIERGS, é claro que Cachoeirinha, Alvorada,
Gravataí, Canoas, Eldorado, Guaíba, vão aproveitar a Estação Cairu, também vão
ser beneficiados, mas e Viamão? E a nossa Lomba do Pinheiro? Na parte da manhã,
para os trabalhadores saírem de lá e chegarem ao Centro da Cidade, eles demoram
uma hora no congestionamento de ônibus ou de carro. No Lami nem se fala! Na
Zona Sul ainda tem que se fazer muitas obras viárias como a duplicação da Av.
Edgar Pires de Castro, a Av. Juca Batista. Tem que se fazer urgente! Eu acredito
que, após a Av. Tronco, essas vias terão desenvolvimento. Eu sempre digo que
nós, do PSD, somos contra construções novas, de habitações e condomínios, sem a
sustentabilidade. Em cada local que houver a construção de novas habitações,
terá que haver primeiro as obras viárias, saneamento, escola, posto de saúde. E
queremos descentralizar: que as obras da Capital aconteçam nas 17 regiões do
OP, Ver. Pujol. Moradores da Zona Norte moram na Zona Norte; se eles quiserem
ir para a Zona Sul, será por liberalidade deles, e não por imposição do
Executivo. Nós queremos fazer com que a Cidade cresça em harmonia e
desenvolvimento - é isso que nós queremos.
Eu volto
a dizer que nós temos que aproveitar melhor o nosso arroio Dilúvio. Nós temos
que aproveitar para colocar, da Av. Praia de Belas até à Agronomia, um metrô
leve sobre trilhos, um veículo do tipo que vai ter o nosso Aeroporto Salgado
Filho, um aeromóvel que vai atender somente quem sai do aeroporto e vem para a
Estação Farrapos. Por que não colocar um aeromóvel sobre o arroio Dilúvio para
atender os estudantes, para diminuir a entrada de veículos da Zona Leste da
Capital? Eu acho que temos que pensar grande. Se Porto Alegre está agora na era
do metrô, na era do desenvolvimento, nós temos que pensar num desenvolvimento
sustentável e geral. Precisamos fazer uma nova engenharia de trânsito em Porto
Alegre, um novo plano da Cidade no setor de mobilidade urbana, urgente! Vão
dizer: “Ah, mas em São Paulo ficam uma hora na fila, e ninguém reclama!”.
Reclamam,
sim, é que eles não têm alternativa. São Paulo cresceu desenfreadamente, e as
pessoas, hoje em dia, já colocam no seu tempo de deslocamento aquele tempo em
que ficam no trânsito. Mas nós não precisamos deixar que em Porto Alegre
aconteça isso. Em Porto Alegre, temos 1,5 milhão de habitantes; quer dizer, não
vamos comparar cinco vezes menos que São Paulo e dizer que temos que ficar meia
hora aguardando num congestionamento de veículos. Nós podemos fazer como
acontece lá no Paraná, que não tem mais terminais de ônibus. Ônibus não é para
ficar parado em paradas de ônibus no Centro da Cidade! Ônibus é para transitar
permanentemente para o embarque e desembarque de passageiros, para fazer com
que não haja esse problema de congestionamento que acontece no nosso Túnel da Conceição,
que eu acredito que, no próximo mês de novembro, esteja liberado. Mas, ali,
aqueles ônibus que param em frente a rodoviária ficam, a maioria, até lá em
cima, trancando o trânsito! Ônibus não é para ter parada naquele local! Ônibus
é para ter um deslocamento, embarque, desembarque e trânsito, para não
prejudicar o trânsito da Cidade.
Nós
estivemos vendo, esses dias, o problema de atropelamento com motos na Cidade,
os motobóis. Eu defendo uma legislação nacional, com a identificação da placa
da moto nos capacetes e nas jaquetas dos motoqueiros, para identificar se
aquela placa é do cidadão que está rodando ou identificação quando acontece um
assalto ou até para a proteção da propriedade do motoqueiro, do motociclista,
para evitar que roubem a sua moto, porque vão ter de levar o capacete e também
a sua jaqueta. E assim vai facilitar, e também proibir, como acontece lá na
Colômbia, que resolveu o problema, o “caroneiro” de moto, o qual, justamente, é
o que tem maior facilidade para ali promover um assalto, quando são
delinquentes que estão sobre uma moto, Ver. Pujol.
Então,
nós temos de pensar na segurança geral do trânsito e na segurança da Cidade, e
temos que colocar nossos guardas municipais a também fazerem a fiscalização.
Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras
e Srs. Vereadores, o pronunciamento do Ver. Tessaro agregou mais elementos para
o grande debate que esta tarde está presenciando e que foi deflagrado pela
presença, no Rio Grande do Sul, de S. Exª, a Presidente da República, com o
anúncio de algumas medidas, algumas providências que, ao serem anunciadas,
geram expectativa da sua realização e, naturalmente, como consequência, do
nosso reconhecimento.
É verdade
que o Rio Grande do Sul, há muito tempo, pleiteia o apoio federal para a
implantação do metrô em Porto Alegre. Não logrou êxito
total. Diferentemente do que ocorreu em outros Estados da Federação, aqui o
Governo Federal anuncia que ingressará com R$ 1 bilhão no projeto em datas,
momentos e circunstâncias ainda não bem definidas, mas é um compromisso
público. E tudo nos leva a crer que, ao longo dos cinco anos em que o projeto
do metrô será desenvolvido, esses recursos haverão de ser carreados para a sua
execução. Isso representa alguma coisa como 40% do total a ser investido nessa
obra.
O Município, Ver. Dib, ficará por 30
anos com compromissos a saldar pela sua participação nesse magno
empreendimento. Tudo isso é bom. É evidente que sou um saudosista, sou do tempo
em que o trensurb foi instalado em Porto Alegre sem que o Município de Porto
Alegre, nem o de Canoas, nem o de Sapucaia, que eram as extensões da primeira
etapa, desembolsassem um centavo sequer.
Agora nós festejamos os 40% anunciados,
que eu espero que, efetivamente, venham com brevidade, e festejamos mais ainda
o financiamento que será concedido pela Caixa Econômica Federal ou pelo Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico, que, como todo financiamento, deverá ser
pago ao tempo, como tradicionalmente o Município paga os seus compromissos de
longa data.
Por isso, quero dizer ao Ver. Tessaro
que me somo a ele nas suas colocações. Nós estamos vencendo uma etapa, não
todas. Temos que transformar em realidade todos esses anúncios, para não
ficarmos vendo a nossa imprensa anular por inteiro as coisas boas que escrevem,
quando, menos de 24 horas depois do anúncio feito pela Presidência da
República, em nossa Cidade, nós somos surpreendidos pela mídia nacional com
mais uma forte notícia de corrupção no Governo da República.
Ora, Ver. Garcia, ao longo desses meses
do Governo Dilma, já tivemos o episódio Palocci; o episódio Nascimento, do
Ministério do Transporte, do DNIT; do Turismo; da área institucional; da
Agricultura e, agora, no Esporte. São recursos substanciais, Ver. DJ Cassiá,
que são desviados do povo e que não voltam para ele, como V. Exª cobrava da
tribuna, há pouco tempo. Não se sabe de nenhum centavo desses tantos que são
desviados que tenha retornado para onde deveria ter retornado, o que é de
interesse público.
Então, me assusta sobremaneira esse
fato. Não sou moralista, nem faço tábula rasa no combate à corrupção. Muitas
vezes, acho que as coisas são exageradas, mas chegou a um ponto em que não há
mais como nós nos afastarmos de debater este tema, bem como deixar de
manifestar a nossa preocupação com o seu alcance, que é cada vez mais largo,
que é cada vez mais longo. O nosso País vive esta triste situação: grandes anúncios
de recursos que serão colocados em obras públicas e que, depois, são
contingenciados. E, ao mesmo tempo, escapam pelo ralo da corrupção
substanciosos valores que deveriam ser utilizados na realização de tarefas e
serviços públicos.
Por isso, Sr. Presidente - vou lhe
agradecer a tolerância -, eu faço esse registro com grande amargura porque
gostaria de estar junto àqueles que, euforicamente, festejam os anúncios que eu
espero festejar quando se transformarem em realidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Solicito ao Ver. DJ Cassiá, como 1º
Vice-Presidente da Casa, que assuma a presidência dos trabalhos.
(O Ver. DJ Cassiá assume a presidência
dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Mario Manfro está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O
SR. MARIO MANFRO: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá, a quem eu quero fazer uma pequena
homenagem antes de iniciar a minha fala, ontem eu estive na comunidade Jardim
Protásio Alves com uma liderança, o Sr. Nelson, que é deficiente visual, e ele,
como não poderia deixar de fazer, teceu palavras muito elogiosas a seu respeito. Com certeza,
corroborei todas elas e o parabenizo por esse trabalho bonito que faz dentro
das comunidades carentes. E V. Exª sabe que é o mesmo trabalho que a gente faz,
cansamos de nos encontrar. E como é bonito quando duas pessoas com o mesmo
objetivo estão transitando nas comunidades que mais precisam da gente.
Mas
falando especificamente do assunto que me traz à tribuna, com muita satisfação
eu vejo que, na Pauta do dia de hoje, em 1ª Sessão, discute-se a criação de 9
novos cargos de Cirurgiões-Dentistas, o que será examinado juntamente com 4
cargos de provimento efetivo de Auxiliar de Gabinete Odontológico na
Administração Centralizada do Município. Isso demonstra um avanço, isso
demonstra a importância daquele concurso público para Cirurgião-Dentista,
porque agora nós temos uma lista de espera, mas isso demonstra também, Ver. Dr.
Thiago, que ainda temos muito que fazer na área odontológica.
A COSMAM
tem visitado diversas Unidades Básicas de Saúde, e, numa delas, a demanda -
Ver. Dr. Thiago, gostaria que o senhor corroborasse o que estou dizendo - por
tratamento de canal, de endodontia, era de 450 tratamentos de canais. Então,
imaginem uma pessoa que tem que esperar por 450 tratamentos de canais na sua
frente! Ela tem que esperar por isso com dor de dente, e, certamente, quando
tiver o seu tratamento, não vai mais existir esse dente. Outra coisa para a
qual quero chamar a atenção é que esses quatro cargos de Auxiliar de Saúde
Bucal são irrisórios, são muito poucos. É um avanço, mas muito pequeno. Nós
temos no Município muitos Auxiliares de Enfermagem sendo utilizados no cargo de
Auxiliar de Saúde Bucal, e isso é uma ilegalidade, porque é um cargo
reconhecido, e tem que haver muito mais Auxiliares de Gabinete Odontológico, o
que, inclusive, está com a nomenclatura errada - deveria ser Auxiliar de Saúde
Bucal. Isso nós pedimos que fosse corrigido, mas ainda não o foi.
Por
último, quero apelar à sensibilidade do Poder Executivo quanto à isonomia com a
classe médica. Claro que todos os profissionais da área de Saúde querem isso.
Eu não conheço os pormenores das outras profissões, mas os da profissão de
odontólogo eu conheço. Eu sei que são tão merecedores quanto os médicos. Eu sei
que, por exemplo, esses nove dentistas que estão sendo contratados, Ver. Beto
Moesch, vão trabalhar no CEO, do IAPI - Centro de Especialidades Odontológicas.
Para trabalhar no CEO, é óbvio que tem que ser especialista. Então, é mais do
que urgente que se crie um concurso público para especialistas em Odontologia,
porque, em relação a tudo o que foi concedido à classe médica - com toda a
justiça, diga-se de passagem -, não pode a Odontologia ser relegada, de novo, a
um segundo plano. A Odontologia e a Medicina têm que caminhar juntas, porque eu
nunca vi - não sei se vocês viram - uma boca caminhando sem um ser humano
junto, e eu também nunca vi um ser humano caminhando sem a boca junto.
Portanto, a Odontologia faz parte da Medicina, a Odontologia é uma
especialidade médica. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Ver. DJ Cassiá, na presidência dos
trabalhos; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, venho a esta tribuna
para falar em liderança, representando aqui meus colegas Vereadores Nelcir
Tessaro e Tarciso Flecha Negra.
Do meu gabinete, eu estava acompanhando
a Sessão; fizeram um sarandeio em cima das acusações ao Ministro do PCdoB. Vou
fazer a defesa da Manuela, sabem por quê? Porque o PCdoB não tem Bancada aqui,
e vieram alguns colegas e descarregaram em cima da Manuela, como se o problema
fosse ela, como se a Manuela tivesse causado aqueles constrangimentos todos que
estamos vendo.
(Aparte antirregimental.)
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: É, estão chegando...
(Aparte antirregimental.)
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Não, não! O PSD é um Partido
independente. Poderá até coligar - até coligar - com qualquer outro Partido;
nós não discriminamos ninguém, nós só discriminamos projetos, projetos nós
vamos discriminar, sim. Agora, a Manuela não tem nenhum representante aqui. Já
pensaram que alguém poderia lembrar que o Ministro do Turismo era uma indicação
do Sarney? Ninguém dos que criticaram a Manuela aqui criticou o Sarney, não é?
Ninguém criticou o Sarney.
(Aparte antirregimental.)
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: É, é. O Orlando é um companheiro da
Manuela, mas a Manuela está, efetivamente, envolvida nessas acusações?
(Aparte antirregimental.)
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Ah, se é companheiro? Aí, Ver. Nedel, o
senhor manda um abraço para quem? Para o Maluf? “Alô, Maluf, o Nedel está
mandando um abraço!” Os Vereadores que discursaram aqui estão quietinhos - não
tem problema nenhum. Vejam que, daqui a pouco - o que mais me chama a atenção
-, em 2012, os mesmos que fizeram acusações envolvendo o nome da Manuela,
ligando a Manuela às questões do Ministro Orlando, poderão propor coligações
para 2012. É, Ver. Tessaro, o senhor tem razão, exatamente isso. Daqui a pouco,
eles estarão, meu Presidente Ver. Tessaro, propondo coligações com a Deputada
Manuela d’Ávila, ali em 2012. No entanto, por falta de assunto, eles envolvem o
nome da Deputada, que está trabalhando, como tantos outros parlamentares.
A Deputada Manuela não fez bancada
aqui, não. Só que é injusto fazerem acusações sem fundamento, ela não tem nada
a ver com o que aconteceu. Esse Orlando é tão somente companheiro de Partido.
Agora, parte da imprensa já está querendo passar a pecha para a Deputada
Manuela.
Engraçado, não é? Fica todo o mundo
olhando! Que silêncio! Daqui a seis meses, vão estar correndo atrás da Manuela,
do PCdoB, para propor coligações. No entanto, aproveitam-se de um momento, sem
muito critério, para tentar desqualificar a Deputada, que, diga-se de passagem,
não é do meu Partido, mas precisamos fazer o registro, porque ela é
trabalhadora e está fazendo um bom trabalho.
Dado o silêncio dos meus colegas, eu fico
feliz e encerro por aqui. Obrigado, Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Luciano Marcantônio está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. LUCIANO MARCANTÔNIO: Sr. Presidente, Sras
Vereadores, Srs. Vereadores, eu quero aproveitar o tempo de Liderança do PDT,
no dia de hoje, para destacar uma grande conquista que os porto-alegrenses
obtiveram nesses últimos dias e que era um grande sonho em relação à nossa
necessidade do transporte de qualidade, da necessidade em relação à mobilidade
urbana. Finalmente, conseguimos fazer uma construção onde o Governo Federal,
através da Presidente Dilma; o Governo do Estado, através do Governador Tarso
Genro, e o Prefeito Fortunati, da nossa Capital, construíram, na mesma
intensidade e com a mesma importância, uma grande concertação para que esse
sonho, que era o mais almejado pelos porto-alegrenses em relação ao transporte
público de qualidade e mobilidade urbana, chegasse a um resultado positivo, e
chegamos.
Quero também destacar o papel
fundamental que o Presidente Cappellari, da EPTC, teve durante todo esse
processo, subsidiando tecnicamente o Prefeito Fortunati, para que o nosso
Prefeito, transcendendo as questões partidárias e eleitorais - que são do seu
perfil, da sua história -, pudesse fazer parte dessa construção que envolveu os
Governos Federal e Estadual, e trazer o metrô finalmente para a nossa Cidade.
Isso prova que, quando os gaúchos se unem, todo projeto, todo sonho é possível
de se realizar. Eu fico orgulhoso de fazer parte desta Legislatura que está
concretizando o sonho do metrô para Porto Alegre. É importante também que os
cidadãos que estão nos assistindo tenham a informação de como vão ser as
estações e por quais ruas irá percorrer o nosso metrô aqui em Porto Alegre. Na
verdade, esse metrô terá 13 estações distribuídas entre as proximidades da
Esquina Democrática e a FIERGS, na Zona Norte. Serão exatamente estas as treze
estações: FIERGS, Bernardino Silveira Amorim, Sarandi, Dona Alzira, Triângulo, Cristo
Redentor, Obirici, Bourbon, Cairu, Félix da Cunha, Ramiro Barcelos, Conceição e
Rua da Praia. São 13 estações pelas quais percorrerá o nosso metrô aqui em
Porto Alegre. É importante também destacar que a Prefeitura de Porto Alegre
entrou com R$ 600 milhões nesse investimento, ou seja, também somos uma parte
importantíssima, porque, no total, são R$ 2,4 bilhões. Mesmo a Prefeitura, com
o seu erário escasso, firmou o compromisso, responsabilizou-se por um
investimento de R$ 600 milhões, realizando esse grande sonho do cidadão de
Porto Alegre. Ou seja, nós temos hoje uma gestão que, além de ser plural, além
de conseguir agregar Partidos políticos de diferentes Governos, preocupa-se com
o progresso, com o desenvolvimento, com as obras que vão modificar a realidade
da infraestrutura da nossa Cidade, mas que também está lá nas comunidades de
baixa renda, dialogando com os conselheiros, com os delegados do Orçamento
Participativo, com as associações comunitárias. Vemos, todos os dias, o
Prefeito Fortunati nos bairros, nas vilas, com o Prefeitura na Comunidade, ao
mesmo tempo com o olhar para a comunidade e para o progresso. O conceito da
gestão Fortunati é desenvolvimento com justiça social. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Toni Proença está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O
SR. TONI PROENÇA: Presidente DJ Cassiá; Sras
Vereadoras, Srs, Vereadores; senhoras e senhores, hoje, ao longo desta Sessão,
muitos Vereadores e Vereadoras ocuparam esta tribuna para louvar - e é louvável
mesmo - a vinda da Presidenta Dilma, na sexta-feira passada, que anunciou os
recursos para a construção do metrô, uma parceria que ocorreu entre o Governo
Federal, o Governo Estadual, por intermédio do Governador Tarso Genro, e o
Governo Municipal, por intermédio do Prefeito Fortunati. É uma união e uma
articulação que possibilitaram o financiamento de R$ 1 bilhão a fundo perdido,
mais R$ 750 milhões de reais, por meio de financiamento da Caixa Econômica
Federal, mais o financiamento do Governo do Estado e da própria Prefeitura, que
vão viabilizar a tão sonhada obra do metrô.
Também a Presidente Dilma anunciou que,
muito em breve, voltará a Porto Alegre para anunciar a construção da nova ponte
do Guaíba e também anunciou e confirmou os recursos para as obras destinadas às
melhorias na Cidade para a Copa do Mundo.
A Presidenta Dilma, na manhã de
sexta-feira, antes do anúncio dos recursos para as obras do metrô, junto com a
Ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, como bem me lembra a Verª
Maria Celeste, anunciou um programa de combate à miséria, o Pacto Sul - Brasil
Sem Miséria. Esse talvez seja o momento mais importante da vinda da Presidenta
Dilma a Porto Alegre. Eu sei que o metrô é uma obra ansiada por todos os porto-alegrenses
há muito tempo, mas ainda temos, em Porto Alegre, muitos irmãos e irmãs que
vivem em condições de miséria extrema. Esse Programa de combate à miséria,
lançado pela Presidenta Dilma, liderado pela Ministra Tereza Campello, sem
dúvida nenhuma, é uma maneira de resgatar essa grande dívida social que ainda
temos com esses porto-alegrenses, principalmente das regiões de periferia da
Cidade.
Não adianta nada termos um metrô,
fazermos as obras para a Copa, desenvolvermos a Cidade - como vimos tendo, avizinhando
tornar-se uma cidade próspera e desenvolvida -, e ainda continuarmos tendo
irmãos e irmãs em condições de miséria extrema. Portanto, é fundamental que
esse Programa de combate à miséria, que vai ajudar os porto-alegrenses que
vivem em condição de pobreza extrema, aconteça pari passu com as obras de preparação da Cidade para a Copa do
Mundo, com as obras do metrô e até com as obras da nova ponte.
Portanto, eu queria louvar a vinda da
Presidenta Dilma, através do lançamento, aqui no Rio Grande do Sul,
especificamente em Porto Alegre, do Programa de combate à miséria.
Temos aqui, nesta Câmara, uma Frente
Parlamentar liderada pela Verª Sofia Cavedon, da qual fazem parte o Ver. Dr.
Raul e a Verª Maria Celeste, que, inclusive, teve a feliz ideia da construção
de um comitê porto-alegrense de combate à miséria que envolva a Prefeitura
Municipal, a Câmara de Vereadores, o mundo empresarial, os cidadãos e cidadãs,
enfim, um comitê que organize toda a sociedade para fazer um enfrentamento à
miséria.
Fizemos reuniões, escolhemos a região
do Humaitá, onde temos a Vila Santo André, o Beco X, a Tio Zeca e a Vila
Liberdade com pessoas em condições de convivência desumana como símbolo de
início nessa luta.
Quinta-feira que vem, às 18h30min,
vamos para a terceira reunião junto com a comunidade, quando esperamos contar
com todos os Vereadores. Fazendo parte ou não da Frente Parlamentar de Combate
à Miséria, esperamos que se façam presentes, para que possamos, juntos, dar
continuidade a esse trabalho que temos feito, pelo menos na região do
Humaitá-Navegantes. E que possamos, a partir do lançamento feito pela
Presidenta Dilma, na sexta-feira de manhã, dar sequência a esse Programa,
ajudando a resgatar da miséria extrema essas irmãs e esses irmãos de Porto
Alegre. Aí, sim, Ver. Mauro Zacher, teremos uma Copa e uma Prefeitura dignas de
serem saudadas. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 16h37min):
Havendo quórum, passamos à
Apregoo Mandado de Notificação do Ver.
Aldacir Oliboni, que está comparecendo a audiência judicial e, por isso, está
liberado desta Sessão (Lê.): “O órgão do Ministério Público abaixo assinado, no
uso das atribuições legais que lhe conferem a Constituição Federal (art. 129,
inciso VI), a Constituição do Estado do Rio Grande do Sul (artigo 111,
parágrafo único, alíneas a e c), a Lei Federal nº 8.265, de janeiro
de 1993 (art. 26, inciso I, alíneas a
e b), a Lei Federal nº 7.347, de 24
de julho de 1985 (artigo 8º, § 1º) e a Lei Estadual nº 7.669, de 17 de junho de
1982 (artigo 32, III), notifica a pessoa abaixo identificada nos seguintes
termos: Notificado: Ver. Aldacir Oliboni. Endereço: Av. Loureiro da Silva, nº
255, Porto Alegre - RS CEP- 90013-901. Referência: Câmara de Vereadores de Porto
Alegre. Local: Promotoria de Justiça de Habitação e Defesa da Ordem
Urbanística. Endereço: Av. Aureliano de Figueiredo Pinto, 80, 4º andar, Torre
Norte. Finalidade: Audiência dia 17 de outubro de 2011, às 16h30min, sobre IC
01202.00018/2009: ‘Investigar potencial infração à ordem urbanística em razão
de ocupação irregular de área verde no Loteamento Jardim Bento Gonçalves, nesta
Capital’. Porto Alegre, 03 de outubro de 2011. Fábio Roque Sbardellotto, 3º
Promotor de Justiça”.
Apregoo Ofício nº 822/11-GP, que
solicita o arquivamento do PLE nº 003/10, que se propunha à criação e extinção
de Funções Gratificadas na Controladoria-Geral do Município, em face da
necessidade de atualização e aperfeiçoamento da matéria pelo Executivo.
Apregoo a Emenda nº 03 ao PLL nº
229/06, que (Lê.): “Determina a isenção de pagamento aos veículos estacionados
pelo período de até 30 (trinta) minutos em estacionamento de shopping centers e centros comerciais
com mais de 30 lojas no Município de Porto Alegre, e dá outras providências.
Emenda nº 03. Altera a redação do artigo 1º que passa a ter o seguinte teor:
Art 1° - Ficam isentos de pagamento pela permanência em estacionamentos de shopping centers e centros comerciais
com mais de 10 (dez) lojas os veículos estacionados pelo período de até 30
minutos (trinta), independente de consumo de produtos ou serviços. Aqueles
usuários que consumirem produtos ou serviços em valor superior a R$ 50,00,
ficam totalmente isentos do pagamento independente do tempo de permanência no
estacionamento. Justificativa. Considerando o mérito do Projeto de Lei ora
apresentado, a presente Emenda tem como objetivo dar maior amplitude à
proposição e com isso proporcionar aos usuários dos serviços prestados nestes
locais uma melhor qualidade e economia. Nesse sentido, pretende-se buscar com o
presente Projeto de Lei e com a adoção desta Emenda, melhorar as condições de
vida do cidadão de Porto Alegre. Sala das Sessões, 10 de outubro de 2011. Ver.
DJ Cassiá”.
Em votação
Requerimento, de autoria do Ver. DJ Cassiá, solicitando dispensa do envio da
Emenda nº 03 ao PLL nº 229/06 à apreciação das Comissões, para Parecer. Em
votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
PROC.
Nº 1971/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 071/11, de autoria do
Ver. Alceu Brasinha, que altera o caput do art. 1º da Lei nº 10.838, de
11 de fevereiro de 2010 – que determina a execução do Hino Nacional e do Hino
Rio-Grandense nos jogos esportivos federados de caráter nacional ou internacional
realizados no Município de Porto Alegre e dá outras providências – , dispondo
sobre a execução desses hinos em jogos esportivos federados de caráter
nacional. Com Emenda nº 02.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Mauro Zacher: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observações:
- retirada a Emenda nº 01;
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM em 14-09-11;
- adiada a votação por cinco Sessões.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação a Emenda nº 02 ao PLL nº 071/11, a qual
passo a ler para atualizar V. Exas sobre o tema. (Procede à leitura
da Emenda.)
Em
votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda nº 02 ao PLL nº
071/11. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADA por 24 votos SIM, 04 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Nelcir Tessaro, o PLL nº 071/11, com a
alteração produzida pela Emenda nº 02. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 19 votos SIM, 09 votos NÃO e 01 ABSTENÇÂO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 079/11 – (Proc. nº 3399/11 – Ver. Waldir Canal) – requer seja o
período de Comunicações do dia 7 de novembro destinado a homenagear o
jornalista e advogado Flávio Roberto dos Reis Pereira, ocasião na qual será
entregue a Comenda Porto do Sol.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o
Requerimento nº 079/11, de autoria do Ver. Waldir Canal. (Pausa.) Não há quem
queira encaminhar. Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0610/11 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 001/11, de autoria do Ver. Bernardino
Vendruscolo, que altera o inc. I do caput do art. 82 da Lei Complementar
nº 7, de 7 de dezembro de 1973 – que institui e disciplina os tributos de
competência do Município –, e alterações posteriores, estendendo até o 6º (sexto)
dia útil de janeiro do ano da competência o prazo para pagamento de impostos e
taxa com redução de 20% (vinte por cento).
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Mauro Zacher: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela rejeição do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82,
§
1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM em 28-09-11.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLCL
nº 001/11. (Pausa.)
O SR. REGINALDO PUJOL: O
Projeto e a Emenda nº 01 têm parecer, mas a Mesa anunciou, na Sessão de hoje,
mais duas emendas ao Projeto, e essas não têm parecer.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Emenda que eu li há pouco, do Ver. DJ Cassiá, era para
outro Projeto, o PLL nº 229/06, ou seja, não era para este.
O SR. REGINALDO PUJOL: O
Projeto só tem uma emenda?
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Só esta emenda aqui que já tem parecer, Ver. Reginaldo
Pujol.
O Ver.
Bernardino Vendruscolo, autor do Projeto, está com a palavra para discutir o
PLCL nº 001/11.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidenta desta Casa, Verª Sofia Cavedon; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, o Projeto
já é bastante conhecido da Casa, nós estamos, na verdade, pela terceira vez,
propondo a alteração da data. Anteriormente, nós propusemos o dia 15 de
janeiro; depois, fomos para o dia 10 de janeiro, e agora estamos propondo o
sexto dia útil de janeiro. Vou tentar explicar para os colegas e para aqueles
que estão nos assistindo a justificativa dessa proposta.
O
primeiro dia útil de janeiro, indiscutivelmente, vem depois de um feriadão, e,
além dos transtornos que ocorrem depois de um feriadão e de um período de
festas, do Natal e Ano-Novo, nós precisamos considerar que as agências
lotéricas e os bancos estão com muito movimento. Os aposentados, os
pensionistas e aqueles que recebem os salários até o quinto dia útil, de acordo
com a CLT, pelo prazo que o Governo estabelece o vencimento do IPTU com
desconto, não receberam os seus salários. É com esse objetivo que estamos
tentando alterar a data desse vencimento para que essas classes sejam
contempladas.
Eu
conversava com o Ver. João Antonio Dib em outra oportunidade e quero fazer
fraternalmente essa provocação novamente, pois eu tenho uma tese, Ver. João
Antonio Dib, de que não vamos ter diminuição na Receita. Pelo contrário, nós
vamos contemplar mais pessoas, vamos ter mais recebimentos. Aquelas pessoas que
estão hoje pagando, inclusive dentro do mês de dezembro, vão permanecer
pagando, Ver. João Antonio Dib, nós não vamos perder essas pessoas. Nós não
vamos perder esses pagamentos. Vamos permanecer contando com esses pagamentos,
e com certeza vamos ter mais receita e vamos fazer, acima de tudo, justiça,
porque vamos contemplar os aposentados, os pensionistas e aqueles que recebem
os seus salários até o quinto dia útil. Na verdade, o que estamos fazendo hoje
é até uma certa injustiça; não estou dizendo que é proposital, mas, pelo que
está posto, isso acaba acontecendo, porque essas pessoas, muitas, não sabemos
quantas, com certeza, se puderem pagar, vão pagar. Estamos aqui fazendo um
apelo.
O Sr. Nelcir Tessaro: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Bernardino, eu estava atentamente
ouvindo as suas explanações. Nós ingressamos com uma emenda para que, caso a
aprovação aconteça, seja aplicado a partir de janeiro de 2013, justamente
visando a um preparatório, para que haja uma adequação. Mas, vendo que nas Bancadas
ainda não há unanimidade no acordo para que possamos votar esse Projeto, eu
solicitaria a V. Exª que ele fosse adiado por três Sessões, para conversarmos
com todas as Bancadas e, se fosse possível, com o Sr. Prefeito.
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Eu não tenho dúvida de que é importante
a sua interferência. Eu sugiro que seja conversado com o Secretário da Fazenda,
até para expor a ele essa possibilidade, e, quem sabe, em 2012, o Município se
organize para colocar em prática esse novo vencimento. Não há problema nenhum.
Eu apenas quero retomar: trato desse
assunto do IPTU há cerca de 30 anos, então estou falando em um assunto que
conheço. Na época do ITBI, foi difícil convencer os Pares, principalmente o
Executivo, da necessidade de se parcelar o ITBI; todos diziam que íamos perder
receita, todos diziam que íamos comprometer os recursos da Fazenda. Pelo
contrário, hoje se vê que o parcelamento do ITBI está em vigor e que nada
aconteceu, a não ser o aumento da Receita. Então faço um apelo nesse sentido.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Há três inscritos para debater a
matéria.
O
SR. NELCIR TESSARO: Ver. Bernardino, o senhor concordou com
a retirada do Projeto por três Sessões? Nós gostaríamos de retirar para dar
tempo de conversar com o Governo, analisar melhor, aprofundar o debate. Pode
ser?
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Consulto os Vereadores Adeli Sell,
Carlos Todeschini e Elias Vidal se gostariam de manter a fala. (Pausa.)
O Ver. Adeli Sell está com a palavra
para discutir o PLCL nº 001/11.
O
SR. ADELI SELL: O Projeto é deveras simpático para todo
e qualquer contribuinte, mas nós, aqui na Câmara Municipal, como Vereadores,
temos que olhar para os dois lados do balcão, não interessa se você é Vereador
da situação ou da oposição. Eu me inclino por manter o atual modelo, modelo esse que deu certo, está dando certo há muitos
anos, veio da Administração Popular, cujo titular era o meu Partido, continuou
no Governo José Fogaça e continua no Governo José Fortunati. Não é um debate
político-ideológico, não é um debate entre situação e oposição. Nós fizemos um
esforço neste País para que as pessoas recebessem o seu 13º salário até o dia
20 do mês de dezembro. E nós temos de fazer um debate com a municipalidade,
para que os tributos sejam pagos, preferencialmente com desconto de até 20%,
até o dia 02 de janeiro.
E nós
temos de exigir dos bancos pessoas para trabalhar nos bancos, e não para ter
fila! Tem Lei da Fila! Se nós pagarmos em outro equipamento público ou, no
caso, privado, mas com caráter público, que é a lotérica, tem de haver pessoas
trabalhando. E nós também temos de criar e discutir uma cultura de que não
devemos deixar para o último dia para pagar nossas contas. Se nós recebemos o
13º salário - as empresas devem pagar, caso não paguem, devem ser denunciadas -
até o dia 20, no dia 21, a primeira coisa que faremos - o que eu faço todos os
anos - é pagar o IPTU, para que possamos, depois, exigir que a Prefeitura feche
o buraco da frente do prédio, que feche o buraco da rua por onde eu venho para
a Câmara ou da periferia que eu visito. Eu posso cobrar, sim, que o ônibus da
Carris não estrague, porque tem de arrumar, porque tem o dinheiro, assim
sucessivamente.
Então, se
eu quiser ficar bem com as pessoas ou, pelo menos, com um setor importante das
pessoas, eu voto no dia 06, mas eu quero tentar mudar a cultura da minha
Cidade, eu quero melhorar a minha Cidade, eu quero melhorar também o modus vivendi da Cidade, para que as
pessoas não se endividem.
Nós
iniciamos um debate hoje, aqui, sobre a questão dos seguros. Viram o que o
cidadão falou? Que muitas pessoas são logradas, ludibriadas com a questão do
seguro, como nós somos ludibriados, Ver. Todeschini, com as empresas de
telefonia? Ou cite uma das empresas de telefonia que faz a coisa certa! Eu
conheço pessoas que não consultam suas contas telefônicas. Todas, sem exceção,
embutem números para os quais a gente nunca ligou, cobram taxas não
sei de quê. E nós vamos lá e pagamos.
Agora, o IPTU nós podemos discutir,
porque está lá o valor venal, e, para mudar a planta de valores, tem que se
passar pela Câmara de Vereadores.
Eu quero fazer esse debate, porque é um
debate de cidadania.
O
Sr. Pedro Ruas: V. Exª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Apenas para dizer que compreendo e apoio a posição de
Vossa Excelência. Acho que é uma preocupação de um representante legítimo de
Porto Alegre, e muito clara. Parabéns, Ver. Adeli Sell.
O
SR. ADELI SELL: Obrigado, Ver. Pedro Ruas. Assim, eu
quero que este debate possa ser feito sem passionalismo, sem disputas
desnecessárias, mas que nós possamos, sim, no dia 3 de janeiro, começar a
cobrar da Prefeitura Municipal um conjunto de ações de melhorias na Cidade. Não
tem desculpa de que não há o dinheiro para fazer obras, porque nós estamos
pagando o IPTU adiantadamente.
Deu certo ao longo de muitos anos, está
dando certo hoje em dia, e eu pergunto: por que mudar? Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a
palavra para discutir o PLCL nº 001/11.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, Ver. Bernardino, eu gostaria da sua atenção aqui. Um Projeto com o
mesmo teor foi protocolado, foi discutido e foi negado a este Vereador, em
2005.
E por que eu fiz esse Projeto? Porque
eu fui procurado por pessoas que, ao contrário de nós, celetistas, recebem só
no quinto dia útil os seus vencimentos, os seus salários. E, portanto, muita
gente tem que fazer um empréstimo ou um financiamento para pagar dentro do
prazo: dia 31 de dezembro.
E não se trata, aqui, de dar errado;
trata-se de favorecer os bancos, porque essa medida só faz com que as pessoas
entrem no cheque especial ou entrem num financiamento caso queiram ter o
benefício, o que acaba dando elas por elas.
E, sinceramente, eu não acredito que dê prejuízo estender o benefício por mais
cinco dias para um aposentado, uma
pessoa idosa ou para alguém que não consegue ter recursos. Por quê? Porque a
pessoa só recebe até o quinto dia útil de cada mês. Portanto, se ela tem que
pagar até o dia 31, vai ter que arrumar empréstimo para gozar do benefício.
O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) V. Exª
falou de um assunto que, efetivamente, acontece. Vou lhe dizer mais ainda: do
jeito que está interessa aos bancos e aos grandes grupos que trabalham com o
sistema de locação que as pessoas financiem e paguem antecipadamente o IPTU e
parcelem pelo valor sem o desconto, o que não vale a pena. Então, aí tem um
problema muito sério. Isso é uma questão de negócio, mas existe, o senhor tem
razão.
Agora, eu
quero, inclusive, dizer que, se o senhor protocolar uma emenda que a gente
possa contemplar; então, quem efetivamente prove esta condição, eu apoio. O
senhor tem razão no seu discurso, o senhor tem razão naquilo que diz.
A Srª Fernanda Melchionna: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Muito
rapidamente, Ver. Carlos Todeschini; eu só venho complementar a questão do dia
do recebimento do salário e o grau de endividamento que a população tem para
poder pagar o imposto, ainda que com a redução dos 20%. Eu só queria
cumprimentá-lo, vou discutir na próxima Sessão, mas quero dizer que eu acho que
é justo que se amplie o prazo do desconto para garantir que a população receba
o seu salário e possa pagar. Isso também vai facilitar a vida dos bancários,
porque as filas são quilométricas, evidentemente, tem que ter mais bancários,
mas temos que pensar em todos os lados, cobrar os bancos e os governos para ter
mais bancários, mas também facilitar a vida do cidadão e dos trabalhadores.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Obrigado,
Ver. Bernardino Vendruscolo e Verª Fernanda Melchionna. A senhora, que é
bancária, também sabe o sacrifício que é entrar num banco nos últimos dias do
mês, quando dá aquela corrida, porque todo o mundo quer pagar e gozar do
benefício. Então, não há prejuízo nenhum, pelo amor de Deus! São cinco dias
úteis em que o período se estende, na virada do ano, Ver. Tarciso, para que as
pessoas possam também usufruir isso sem ter que recorrer ao empréstimo. Quando
eu fiz esse projeto, e digo que não há problema nenhum que o Ver. Bernardino
Vendruscolo reapresente, porque o projeto é exatamente do mesmo teor daquele
que nós apresentamos em 2005, fiz porque fui procurado por pessoas que padeciam
deste problema: “Olha, para eu poder pagar com desconto, com benefício, eu
tenho que fazer um empréstimo.” Então, qual é a graça? Qual é a vantagem? Fazer empréstimo por cinco, seis dias, mais transtorno,
mais fila, mais incomodação, cheque especial e tudo o mais, por que não
estender esse benefício? E alegada dificuldade ou alegado prejuízo,
sinceramente, eu não acredito que se verifique, porque são contabilidades
mínimas de juros dentro do Poder Público por esse período. Nós, dessa forma,
estaríamos fazendo uma justiça de um lado, porque o assalariado, Verª Fernanda,
recebe até o quinto dia útil, e, por outro lado, também as filas do pagamento
se diluem, porque as pessoas recebem, em geral, lá no último, penúltimo dia, e
vem uma corrida desesperadora nos dias 28, 29, 30 e 31 para o pagamento, porque
essas pessoas querem pagar. Os bons contribuintes são os cidadãos que querem
que o dinheiro esteja no Município. E o Município também não vai gastar na
hora, ele não gasta no dia 1º o dinheiro do dia 31, não vai gastar no dia 2,
dia 3, porque nem dá tempo para isso. Então, não há prejuízo, ou melhor, o que
acontece em termos de perda do capital financeiro aplicado é insignificante. E
mais uma vez eu creio que nós temos que olhar para a cidadania, para o bom
contribuinte e menos para o patrimonialismo e a ganância, sem prejuízo de o
Estado arrecadar tudo o que pode, tudo o que deve e poder realizar os seus
projetos. Muito obrigado, Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elias Vidal está com a palavra para discutir o PLCL
nº 001/11.
O SR. ELIAS VIDAL:
Srª Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, público que nos assiste das galerias e quem nos assiste pela
televisão, venho a esta tribuna para fazer uma reflexão muito responsável sobre
esse assunto. Eu quero dizer ao Ver. Todeschini, ao Ver. Vendruscolo, à Verª
Fernanda Melchionna e a outros que se alinham a essa posição, que eu gostaria
que o pagamento do IPTU fosse feito, quem sabe, lá pelo dia 15 de janeiro, ou
quem sabe no dia 25. Melhor, quem sabe depois do carnaval?
Ou da Páscoa? Seria muito bom para todos nós, mas vamos fazer aqui uma reflexão
muito responsável, porque nós somos pagos e eleitos para ajudar a administrar a
Cidade, cobrando, indo atrás sempre de uma posição coerente. Vejamos.
Em todas as grandes Capitais do Brasil,
como São Paulo, Curitiba, Rio e Belo Horizonte, o desconto não passa de 7%.
Porto Alegre dá 20% de desconto, senhores! Repito: dá 20% de desconto! Em São
Paulo, é 6%; em Curitiba, é 6%, no Rio, é 7%, em Belo Horizonte, é 7%; aqui é
20%.
Estão previstos, até o final do ano, R$
130 milhões no caixa da Prefeitura. Se esse Projeto for aprovado, eu acredito
que isso não vai passar de R$ 30 milhões. Bom, Matemática é uma ciência exata.
Então, vocês têm que me ajudar, porque entendem mais do que eu de Matemática.
Como é que se paga o 13º do funcionalismo? Como se paga o salário do
funcionalismo? Esse dinheiro tem que sair de algum lugar! Então, é muito fácil
vir aqui e dizer: “Olha, vamos votar para que o pagamento do IPTU não saia no
mês dezembro”. Eu também gostaria, e quero muito. Agora, eu pergunto o
seguinte: como se paga o 13º? Alguém tem que responder! Matemática é uma conta:
você tira um, ficam nove; tira dois, vira oito; tira cinco, vira cinco.
Portanto, vamos ser coerentes. Vão entrar R$ 30 ou R$ 40 milhões, quando muito.
Como é que se paga o 13º, gente? Vamos deixar na mão o funcionalismo, que
cuida, que ajuda a administrar a Cidade, que é a administração contínua, onde
está o cérebro de toda a Administração? Porque há os CCs, que vêm e vão, mas e
o funcionário público? Ah, ele fica sem Natal? Ele fica sem salário? Fica sem
13º? Você abriria mão de ganhar o seu? O cidadão que está me ouvindo agora na
televisão pode não gostar da minha fala, mas eu pergunto ao senhor munícipe que
está me ouvindo: “O senhor abriria mão de receber o 13º e o seu salário no mês
de dezembro? Sim ou não? Seja coerente, sincero e honesto”. Não! Ninguém quer
abrir mão! Então, nós temos que achar uma saída.
Como é que eu aprovo algo que vai tirar
dos cofres em torno de R$ 100 milhões no mês de dezembro? Estou falando de R$
100 milhões, de R$ 90 milhões. Vai ser pago? Até vai, mas não até o final de
dezembro. Como é que se paga? Alguém tem que vir a esta tribuna e dizer como é
que se paga o 13º, como é que se paga o salário do funcionalismo público. Ou o
funcionalismo público virou lixo nesta Cidade? Alguém tem que responder de onde
sai o dinheiro! Alguém tem que dizer de onde sai o dinheiro, porque não dá para
brincar com coisa séria! Eu gostaria muito, sim, que este Projeto fosse
aprovado, mas você, sendo da situação ou da oposição, tem que ser coerente,
responsável.
Você tem uma empresa, você tem
compromisso com os seus empregados; vem um e diz: todo o lucro que vai entrar
no mês de dezembro, das vendas, não vai entrar em dezembro. Você iria aprovar
isso? Na tua empresa, não, mas, como é público... E o que é público não é de
ninguém, é de todos; a gente se esconde atrás da coletividade; então eu posso
aprovar o que quero, mas temos que ser responsáveis. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dib e o Ver. Comassetto abriram
mão de discutir hoje este Projeto.
Apregoo Requerimento de adiamento da
discussão do PLCL nº 001/11 por três sessões, de autoria do Ver. Bernardino
Vendruscolo. Em votação o Requerimento de adiamento da discussão do PLCL nº
001/11 por três Sessões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Senhores, nós ainda temos um tema a
observar referente, como me informa o Diretor Legislativo, ao que trata o art.
13º, parágrafo 6º, sobre a composição da Mesa. Nós, hoje, em função da mudança
de Partido do nosso Secretário da Mesa Diretora deste ano, o Ver. Toni Proença,
necessitamos realizar nova eleição para Secretário da Mesa. Leio o Ofício
recebido em 17 de outubro (Lê.): “O Partido Popular Socialista, PPS, vem, por
meio deste, indicar o nome do Ver. Paulinho Rubem Berta para o cargo de 1º Secretário
da Mesa Diretora desta Casa”. Assina o Requerimento o próprio Ver. Paulinho
Rubem Berta na condição de Líder da Bancada do PPS. (Pausa.) Eu abro a possibilidade de registros
de candidaturas, ou de outra candidatura, se houver, em função de a eleição ser
cargo a cargo. A palavra está à disposição dos Vereadores que quiserem se
manifestar.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidente, agradeço a deferência,
e gostaria de dizer o seguinte: eu era Presidente da Casa, no final da
Legislatura passada, e acabei sendo reconduzido pelo conjunto da Casa e,
portanto, liderei esse acordo. Primeiro, eu quero sublinhar a grandeza, a
beleza de trabalho do Ver. Toni Proença, mas ele fez a opção a um Partido, que
merece todo o nosso respeito, mas o Regimento da Casa é esse. Eu quero dizer
que sou favorável ao acordo na sua integralidade, porque ele tem que ser
cumprido. Portanto, na minha avaliação, meu Líder Cecchim, não dá para mexer
nesse acordo. Esse acordo foi feito e ele tem que ser cumprido. Então, eu quero
apenas cumprimentar o Toni pela atitude, e dizer que, na verdade, cumpre-se o
acordo de 2008, porque todos nós, os 36 Vereadores fomos signatários do acordo.
Mas te cumprimento, Toni, pelo teu trabalho. Sucesso na tua nova empreitada, e
cumpra-se aquilo que todos nós assinamos.
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Registramos a presença do Deputado
Federal Luiz Noé, e o convidamos para compor a Mesa dos trabalhos conosco.
(Palmas.)
O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, em primeiro lugar, eu quero elogiar o Ver. Toni
Proença. Eu diria que ele teve ética e ótica. Ele foi bom demais! Ele foi um
bom Secretário, é um bom Secretário, mas eu tenho todas as dúvidas do mundo.
Quando nós assinamos um protocolo, o PPS, em razão de ter três Vereadores,
recebeu um número “x” de cargos; com dois Vereadores, ele receberia menos
cargos. Então, eu entendo que o certo seria que o Ver. Toni Proença continuasse
até o fim do ano, porque foi dentro de uma proporção existente que ele chegou a
ser o 1º Secretário, como também chegou a Vice-Presidência, anteriormente, na
proporção de quem tinha três Vereadores; agora, com dois Vereadores, talvez não
tivesse nenhum cargo, nem outro. Então, elogio a atuação do Ver. Toni Proença,
porque imediatamente se afastou - pelo menos propôs o afastamento -, aceitou,
mas, de qualquer forma, eu vou acompanhar a maioria da Casa se ela decidir que
deve ser aceita a solicitação dele. Eu acho que tem que verificar. Mas, de
qualquer forma, o Vereador tem o meu apoio e o meu respeito. Saúde e PAZ!
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Frente à manifestação do Vereador Dib,
sinto-me no dever de retornar. Na verdade, Ver. Dib, o Regimento é preciso e
conciso: quem muda de Partido automaticamente é afastado; agora, ele não está
proibido de ser reeleito. Mas o que ele está dizendo, em nome da ética, é:
“Olha, o PPS reivindicou o cargo; então, portanto, eu não vou me colocar como
candidato novamente”. Ele poderia chegar aqui, apoiaríamos - e acho que era o desejo
-, mas o PPS é detentor; portanto, é isso. Apenas para contribuir.
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Esclarece bem o Ver. Sebastião Melo.
Pergunto se há alguma outra manifestação? (Pausa.) Não havendo mais quem queira
se manifestar, em votação nominal a indicação do Ver. Paulinho Rubem Berta para
ocupar a 1ª Secretaria da Mesa Diretora dos trabalhos. (Pausa.) (Após apuração
nominal.) APROVADA por 23 votos SIM.
Declaro empossado o Ver. Paulinho Rubem
Berta, convocando-o para a primeira reunião de Mesa, na próxima segunda-feira,
às 10h.
O
SR. TONI PROENÇA: Agradeço a V. Exª o deferimento deste
tempo; agradeço a convivência que tive com a senhora, com todos os membros da
Mesa, o carinho, a atenção de todos os Vereadores com suas manifestações
carinhosas e generosas a meu respeito e a respeito do meu trabalho na Mesa
Diretora este ano. Agradeço, principalmente, a parceria, porque foi graças a
ela e à compreensão de todos que pude chegar, até hoje, com o reconhecimento de
vocês.
Desejo muito sucesso ao Paulinho nesses
meses em que ele ficará como Secretário. Coloco-me à disposição do Paulinho, da
Mesa e de todos. Sempre que puder, estarei colaborando. Muito obrigado.
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Peço que o Ver. Paulinho Rubem Berta
conduza os trabalhos, neste momento, porque gostaria de fazer uma manifestação
em Tempo de Presidente.
(O Ver. Paulinho Rubem Berta assume a
presidência dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Paulinho Rubem Berta – às 17h21min):
Encerrada a Ordem do Dia.
A Verª Sofia Cavedon está com a palavra
em Tempo de Presidente.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Ver. Paulinho; quero lhe dar
boas-vindas à Mesa Diretora e pedir permissão para fazer um registro sobre a
importância da participação do Ver. Toni Proença na Mesa Diretora este ano.
Eu faço questão, Ver. Toni, porque
respeitamos, com muito carinho, a sua escolha pela construção do Partido Pátria
Livre - PPL -, mas quem ocupou a Presidência sabe da importância de parceiros
leais e inestimáveis como V. Exª, junto à Mesa Diretora este ano. Eu quero
compartilhar isso com o conjunto dos Vereadores.
Todos conhecem o Ver. Toni como um
conciliador, como alguém que está disponível para resolver conflitos e que
sempre tem uma ideia, mas talvez não conheçam o Ver. Toni para o qual eu ligo, mesmo
eu tendo uma agenda às 9h, pedindo que me substitua porque não posso comparecer
- ele prontamente atende ao pedido.
Isso aconteceu comigo algumas vezes, em
algumas Sessões, como em momentos estranhos em que o Vereador precisa
reorganizar a agenda; em conflitos ou temas difíceis de se lidar, junto à Mesa
Diretora; em algum conflito entre nós, Vereadores - Vereador DJ Cassiá,
Vereador Adeli, Líderes -, que vivemos momentos difíceis este ano; em momentos
de construção de posturas diferenciadas. E eu tive no Toni - não só falando
pela minha pessoa, mas tenho certeza de que em nome da Mesa Diretora - um
parceiro como poucos.
Ver. Toni, eu quero fazer aqui um
agradecimento pessoal e político, porque eu, estando à frente de uma Casa,
tendo que responder por uma instituição, procuro errar o mínimo possível,
porque não é a pessoa da Presidente, mas são a Instituição e a democracia que
estão em jogo. Eu tive em ti alguém com essa noção republicana e com esse
cuidado. Sempre que eu ligava para ti, pedia uma opinião e uma parceria sobre
alguns temas, as tuas ponderações foram sempre muito importantes. Eu quero, em
meu nome e em nome da Mesa Diretora, agradecer a inestimável contribuição neste
ano. Se a Câmara, este ano, faz a diferença, é reconhecida como uma Câmara mais
presente, é porque tu foste um Vereador dos mais colaborativos, criativos e
apoiadores das inovações e também trouxeste solução para os problemas. Muito
obrigada.
Não é em detrimento... Eu sei, Ver.
Paulinho, da tua chegada, e espero que não entenda assim; nós aqui construímos
um acordo. Concordo com o Ver. Sebastião Melo e com os Líderes que hoje
colocaram, na Mesa e em Liderança, que foi um acordo resultado de uma prática
político-democrática desta Casa muito importante, que fez escola. A Assembleia
Legislativa, este ano, pela primeira vez, partilha as presidências da Casa, e
nós há muito tempo fazemos isso. É esse acordo que nós estamos honrando, e é
por esse acordo que tu estás saindo da Mesa. Ele é muito mais importante do que
a eventual presença nossa num lugar ou noutro, porque ele é um amadurecimento
democrático que esta Câmara construiu.
Então, muito obrigada! É em nome da
democracia que sais, mas tenha certeza de que muito contribuíste para a
democracia e para o empoderamento popular. Um grande abraço, querido amigo
Toni.
(A Presidente Sofia abraça o Ver. Toni
Proença.)
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Paulinho Rubem Berta): Obrigado, Srª Presidente. Aproveito o
momento para registrar a presença do Deputado Federal Luiz Noé, e
cumprimentá-lo. Repasso os trabalhos à Presidente da Casa, e gostaria de me
pronunciar.
(A Verª Sofia Cavedon reassume a
presidência dos trabalhos.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Paulinho, concedo-lhe a palavra
no microfone de apartes.
O
SR. PAULINNHO RUBEM BERTA: Srª Presidente, quero fazer minhas as
suas palavras e dizer que concordo inteiramente com a senhora. Também quero me
dirigir ao Ver. Toni Proença, principalmente como meu amigo. Temos uma longa
caminhada juntos; há mais de vinte anos travamos uma luta em prol desta Cidade.
Com o Ver. Toni Proença, meu amigo pessoal, aprendi muito, e hoje ele me ensina
mais um capítulo, embora eu gostaria de que fosse diferente, mas quero lhe
dizer, Vereador, que com o senhor eu aprendi, e o senhor é um dos responsáveis
por eu estar nesta Casa hoje. Infelizmente, as coisas nem sempre são como nós
queremos, mas quero dizer ao senhor que lhe desejo a melhor sorte do mundo. Vou
continuar, se o senhor permitir, a usar os seus conselhos no sentido de caminharmos
cada vez mais juntos e mais coesos nessa luta. O senhor sabe que a realidade
nem sempre é como queremos. Mas, com a sua sabedoria, eu aprendi muito; um
pouquinho - ou bastante - do que sou hoje eu devo ao senhor. Então eu lhe
agradeço. Vou tentar cumprir o meu papel da melhor maneira possível. O senhor
pode ter certeza de que, num momento de aperto, solicitarei a sua ajuda.
Meu amigo, um abraço muito apertado de
alguém que, sem demagogia, é seu amigo mesmo! Obrigado.
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apregoo a indicação do Ver. Elias
Vidal como Líder do PPS, e do Ver. Paulinho Rubem Berta como Vice-Líder.
Convido o Dep. Luiz Noé, Deputado
Federal do PSB, a fazer uma saudação a esta Casa.
O
SR. LUIZ NOÉ: Meus colegas Parlamentares; Presidente Sofia, é um prazer
estar aqui com vocês, porque fui Vereador durante dois mandatos, e o
Parlamento, sem dúvida nenhuma, como é a Casa do Povo, é a casa de todos.
Muitas vezes, não há quem nos defenda, e hoje, na sociedade, o Parlamento,
tanto em nível municipal, estadual como federal, é a caixa que ecoa as
demandas. Nós, Vereadores, temos a capacidade de estarmos junto com a população
nos conflitos, nos encaminhamentos. São os Vereadores que têm esse contato
direto. Na democracia representativa, o Vereador, a Câmara de Vereadores, tem
esta base.
É motivo de orgulho estar aqui na
Câmara de Porto Alegre, no meu Estado, pela história que tem o Estado do Rio
Grande do Sul e, sem dúvida nenhuma, quero registrar, com muito prazer, a nossa
Bancada, com a Lurdes, que assumiu, e com o Ferronato, que é titular pelo
mandato. Muito obrigado pelo carinho. Como Vereador - e acredito que o Ver. Dib
é dos mais antigos na Casa -, durante bom tempo exerci mandato, e é muito
gostoso ter esse contato com a população, resolver esses problemas e encaminhar
soluções. Muito obrigado, e que Deus os abençoe.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito obrigada, Luiz, pela sua visita.
A Câmara de Vereadores está às suas ordens.
Passamos às
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo
do Ver. Sebastião Melo.
O
SR. DR. RAUL TORELLY: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon;
nosso Deputado Luiz Noé, que fez uma visita importante à Casa; saúdo todos os
colegas e todos os presentes. Temos que saudar, permanentemente, a nossa
democracia, e hoje, aqui na Casa, tivemos um exemplo disso. Que bom que
conseguimos respeitar os regimentos, respeitar os acordos e darmos continuidade
ao processo democrático de uma maneira clara, digna e permanente. Quero também
saudar o nosso colega Ver. Toni Proença por seu trabalho, durante todo esse
período, à frente da Secretaria da Casa; quero também reconhecer a militância,
o trabalho do Ver. Paulinho Rubem Berta, que agora assume, grande parceiro nas
lutas comunitárias de tantos e tantos anos. Agradeço ao Ver. Sebastião Melo,
que cedeu o seu tempo para que eu pudesse estar aqui na tribuna, o Presidente
do nosso Partido, o PMDB, em Porto Alegre.
Eu, que sou basicamente um Vereador da
Saúde, acho que estamos em uma cidade cada vez mais saudável, com toda a
abrangência que esse termo tem, ou seja, qualidade de vida não é apenas saúde e
doença, mas é uma cidade onde possamos transitar melhor, onde possamos viver melhor,
onde tenhamos mais possibilidades de nos dedicar, no dia a dia, à família, ao
exercício, às coisas boas e também, cada vez com mais vigor, ao nosso trabalho
e às comunidades com que estamos permanentemente em contato.
É importante ressaltar que o nosso
Sistema Único de Saúde, em Porto Alegre, vem tendo melhoras importantes. Claro
que gostaríamos que já fosse em um estágio muito superior. Temos visitado
inúmeras unidades de saúde e hospitais, temos participado das mais variadas
reuniões, conhecemos profundamente a questão da Saúde pública em Porto Alegre,
e temos visto que existem avanços realmente importantes; um deles é a
informatização do Sistema de Saúde. Isso está fazendo, claramente, com que
consigamos aproveitar muito melhor as consultas. As consultas, principalmente
nas áreas de especialidade, apresentavam uma dificuldade muito grande de
agendamento, de marcação, de aproveitamento e até de reaproveitamento. Quando
aquelas pessoas que poderiam ter aquelas consultas, de algum modo, não
compareciam, os médicos acabavam ficando à disposição, mas atendendo, ao invés
de 100% das fichas, vamos dizer assim, apenas 60%, 70%, ficando um absenteísmo
muito grande. O novo sistema, o Aghos, que está em operação, está fazendo com
que aquelas filas virtuais que estavam dentro das gavetas, que estavam sendo
marcadas por telefone, numa central de marcação, agora possam ser feitas via
Internet. São mínimas as unidades, hoje, que não dispõem de informática, e isso
está realmente avançando na cidade de Porto Alegre. Estamos avançando na
questão das Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs, que estão saindo do papel,
acontecendo agora na Cidade, e queremos que aconteçam mais outras três. Está
acontecendo, inicialmente, a da Zona Norte, lá no Terminal do Triângulo, mas precisamos
também que aconteçam as do Humaitá-Navegantes, Partenon-Azenha e as da Zona
Sul, para que nós possamos, efetivamente, diminuir a superlotação das nossas
emergências hospitalares.
Eu quero ainda falar que, dentro dessas
dificuldades do sistema público de saúde, existe um grande gargalo, que são a
traumatologia e a ortopedia. Precisamos, necessariamente, realizar um mutirão
para que essas pessoas que estão na fila esperando por procedimentos, por
cirurgias, as quais são extremamente numerosas, possam ser atendidas e não
fiquem como sequelados permanentes - e cada vez mais nós vemos isso acontecer,
em função principalmente dos nossos acidentes de moto, que estão cada vez mais
frequentes na Cidade.
Então, estamos trabalhando
permanentemente em prol da Cidade e estamos indo em frente. Muito obrigado e
saúde para todos!
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Maria Celeste está com a palavra
em Comunicações, por cedência de tempo desta Vereadora.
A
SRA. MARIA CELESTE: Srª Presidenta, Verª Sofia Cavedon,
agradeço a cedência do seu tempo neste momento de Comunicações; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores; senhoras e senhores, hoje ocupo esta tribuna para
também dar continuidade a todas as falas desta tarde no que tange à grande gestão
da nossa querida Presidenta Dilma, especialmente nas obras, nos orçamentos, nos
recursos, na disposição da sua forma em atuar especificamente em projetos tão
importantes para o Estado do Rio Grande do Sul, especialmente na cidade de
Porto Alegre. O tão encantado e decantado metrô na cidade de Porto Alegre foi
não apenas anunciado, mas confirmado, e a nossa Presidenta Dilma também trouxe
um anúncio tão esperado para todos nós, que é a duplicação da nossa ponte do
Guaíba, tão falada e decantada, e agora percebo, Ver. Toni Proença, que há um
envolvimento pessoal da Presidenta, a qual, certamente, fará todos os esforços
para que, efetivamente, esse projeto também saia do papel, assim como o do
metrô. Através de uma unidade e de uma parceria de todos os políticos do Estado
do Rio Grande do Sul, de toda a Bancada, finalmente o metrô vai sair do papel,
e o fará para atingir a população de nossa Cidade que mais necessita do
transporte urbano, porque há uma maior concentração de usuários na Região Norte
da cidade de Porto Alegre - mais de 350 mil usuários/dia poderão usufruir o
metrô naquela região da nossa Cidade.
O segundo ponto também louvável, bem
lembrado pelo Ver. Toni Proença, foi a assinatura do Pacto Sul - Brasil Sem
Miséria, no combate à miséria, pelos três Governadores do Estado, com a
presença da Ministra Tereza Campello, junto com a nossa Presidenta, e, mais do
que isso, do mutirão que foi realizado no sábado, no Sesi, dando já uma
expectativa, não apenas um anúncio, mas trazendo para a prática, efetivamente,
o mutirão da solidariedade, fazendo com que pudessem ser disponibilizadas, numa
ação conjunta, Prefeitura e Governo do Estado, inclusive mais de duas mil vagas
para emprego.
Mas todas as boas notícias deste final
de semana, Ver. Toni Proença, para nós, da Vila Nova Gleba, da Grande Santa
Rosa, foi, de certa forma, maculada no sábado à tarde, porque, num dos acessos
principais da nossa comunidade, num dos cruzamentos principais da nossa
comunidade, na Vila Nova Gleba, na Tarcila Moraes Dutra, na continuação da
Guido Alberto Werlang com Eduardo Nadruz, mais um acidente terrível aconteceu
em torno do meio dia e meio, no sábado, envolvendo dois jovens numa moto, que
ficaram bastante feridos, foram hospitalizados, tivemos que chamar a SAMU. E,
lamentavelmente, já tivemos ali, Ver. Mauro Zacher, acidente com três mortes
naquele cruzamento.
Em maio deste ano, fizemos uma reunião,
em que tivemos o compromisso da EPTC de sinalizar melhor, de verificar qual é a
melhor proposta para aquela sinalização e, até agora, lamentamos profundamente,
não tivemos nenhum retorno sobre a situação do trânsito caótico daquela região
da cidade de Porto Alegre. Quero aqui dizer que não é um lamento apenas de uma
comunidade, mas se trata de um dos principais acessos à cidade de Alvorada. É
disso que se trata quando falamos da Zona Norte, que é o principal eixo de
escoamento para Alvorada, Cachoeirinha e Viamão. E no entorno da Grande Santa
Rosa estão os dois principais acessos: além da Av. Baltazar, para Alvorada, a
continuação da Rua Eduardo Nadruz e também a Av. Bernardino Silveira Pastoriza,
pelo outro lado. Portanto, há de se ter um cuidado maior para com essa região.
Eu faço aqui um apelo para o Prefeito para que a gente possa construir uma
solução, porque aquela comunidade está muito revoltada, com toda a razão.
Inclusive fizeram um protesto, sábado à tarde, em decorrência desse mais
lamentável acidente, pois as famílias estão muito preocupadas com aquele
entorno, com aquele cruzamento...
(Som cortado automaticamente por limitação
de tempo.)
(Presidente concede tempo para o
término do pronunciamento.)
A
SRA. MARIA CELESTE: ...no entorno daquele cruzamento, estão localizadas quatro escolas,
uma escola de Ensino Infantil, duas de Ensino Fundamental e Ensino Médio, e, na
continuação da Eduardo Nadruz, mais uma escola estadual de Ensino Fundamental.
Portanto, é um local extremamente perigoso, e todos os apelos que fizemos até
agora para a EPTC, para melhorar a sinalização, para refazer a sinalização do
tráfego no local, ainda não surtiram efeito. Quero amanhã, à tarde, com a
presença do programa “Com a Câmara na Cidade”, junto com a nossa Presidente - e
todos os Vereadores estão convidados para estar lá -, apoiar aquela comunidade,
aquela população que não quer mais ver mortos estendidos naquele cruzamento.
Muito obrigada, Srª Presidenta.
(Não revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli Sell está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Tarciso Flecha Negra.
O
SR. ADELI SELL: Verª Sofia, colegas Vereadores e
Vereadoras, agradeço aos companheiros do PSD a cedência do tempo. Eu venho aqui
principalmente para colocar alguns problemas cruciais da Cidade. Um dos
problemas é a zoeira que assola diariamente a população do Centro Histórico de
Porto Alegre. Até hoje ninguém justifica, e aqui - eu sempre digo - as pessoas
têm medo de cobrar decisões do judiciário. Aquele muquifo que existe ali na Rua
Marechal Floriano só está aberto por causa de uma decisão judicial. Juízes
erram também! O problema é que aqui os juízes são intocáveis, você não pode ser
questionar. Se você questionada... Eu já sei, porque já fui perseguido,
respondo a processos por causa disso. Só que eu não vou me calar, porque a
população de Porto Alegre merece silêncio!
Não bastasse o problema da Rua Marechal
Floriano, agora abriu um inferninho na Rua Jerônimo Coelho, nº 307 - sim,
inferninho -, e ninguém dorme mais! Não bastasse isso, Verª Lurdes, há zoeira
na rua, há algazarra na rua. Aí já não é mais com SMIC, já não é mais com a
SMAM, já não é mais com a SPM, porque eu duvido que esse lugar tenha habite-se,
duvido que tenha projeto acústico aprovado na SMAM, duvido que tenha alvará.
Fiz o pedido oficialmente à Prefeitura, Ver. Mauro Zacher. Quanto à algazarra
na rua, agora estou me comunicando com o 9º BPM e, se necessário for, falarei
com todos os comandantes: do 9º, da Capital e até com o Coronel Sérgio. Na rua,
a algazarra é com a Brigada Militar! Zoeira, brigas; isso depois dos
assassinatos que já houve naquela região da Cidade, Ver. DJ Cassiá.
Nós temos tudo a favor dos bares, das
casas noturnas, da boa diversão. Lembro-me, Verª Lurdes, de que, na Taquara, na
Lomba do Pinheiro, havia uma zoeira aos sábados à noite e às sextas-feiras, que
ninguém dormia - em plena vila, onde moram inúmeras e inúmeras famílias que, no
dia seguinte, têm que trabalhar. E não se esqueçam de que, no Centro Histórico
de Porto Alegre, naquela região, moram principalmente pessoas idosas. Então, eu
chamo: alô, Prefeitura! Está aqui registrado nos Anais da Casa: o problema é na
Rua Jerônimo Coelho, nº 307. Não sei
quem é o dono, não interessa; pode ser meu irmão, meu tio, meu primo, meu
sobrinho, não interessa.
Hoje eu
recebi um recadinho aqui. Eu denunciei, dias atrás, algumas empresas terceirizadas,
sacanas, isso mesmo, que fazem trambique, que estão cheias de laranjas -
podres, diga-se de passagem. Além disso, fazem aquelas cooperativas falsas.
Recebi um recado; tem um sujeito aí, eu vou atrás, se necessário, vou dizer o
nome desse camarada, desse falcatrua, que diz: “Ah, o Ver. Adeli está
denunciando umas empresas, não sei o que lá”. Eu tenho minhas informações, que
vieram de uma pessoa que milita numa área que sabe das coisas. Então, não
adianta vir fazer ameaça, porque nós temos, inclusive, como saber aquele crime
que vitimou o Secretário Eliseu, porque nada fica impune. Eu luto por uma
Cidade legal, por uma Cidade onde se respeitem as regras, mas também eu sou
contra um outro equipamento. Tinha zoeira, é verdade, mas o sujeito foi lá, Toni
Proença, e fez o que o Ministério Público mandou fazer, o que a SMAM mandou
fazer. Só que agora, por exemplo, a SMAM não quer ir lá fiscalizar. Eu quero
dizer que quem deu as orientações para os cidadãos fazerem o que eles vão fazer
fui eu, eu assumo. Quando um equipamento muda, a SMIC tem de checar, a SMAM tem
de checar, a SPM tem de checar...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente
concede tempo para o término do pronunciamento.)
O
SR. ADELI SELL: ...Eu
concluo dizendo que, se o Ministério Público não reaver a sua posição, existe
uma coisa chamada Corregedoria. Eu também indiquei as pessoas, os advogados,
que, se necessário for, vão à Corregedoria. Assim como eu luto para fechar e
para parar com a zoeira desse muquifo do Centro, eu também acho que o outro
equipamento que está querendo se legalizar, fez a acústica, tem que ter
fiscalização, não podem se sentar em cima do processo, não pode haver essa
política, tem que ser certo, tem que ser legal, tem que valer a Lei para todos.
Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Toni Proença está com a palavra em Comunicações.
O
SR. TONI PROENÇA: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, eu até gostaria de ceder o meu tempo a V. Exª, Verª Lurdes da
Lomba, mas ainda tem o período de Pauta. Eu vim a esta tribuna para tratar de
um tema, mas, antes disso, quero fazer referência ao assunto que o Ver. Adeli
estava tratando, para dizer que sou testemunha de que, quando ele era
Secretário da SMIC, realmente, do ponto de vista da poluição sonora, da
poluição visual e da incomodação que causam esses bares, quando
mal-administrados, as autuações tinham uma consequência, que era o fechamento
desses bares. Não vou contar, aqui, o milagre, conto só o santo, mas sou
testemunha e vi, pessoalmente, isso acontecer.
Eu vim falar de um assunto fundamental
nesta quadra da existência da Nação. Amanhã se reúne o Copom - Comitê de
Política Monetária -, em Brasília, e todos esperamos, ansiosamente, que, mais
uma vez, o Copom baixe a taxa de juros no Brasil. Isso é um câncer que está
corroendo as finanças da população, corroendo as finanças das empresas
nacionais e drenando recursos da economia para os bancos e para o sistema
financeiro, sem nenhuma necessidade. Se o juro baixar, certamente melhora o
mercado interno, aumenta o consumo da população e, com isso, fortalece a
economia do Brasil, não gera inflação. Essa não é uma tese, Ver. Zacher, V.
Exª, que é economista, que se confirme cientificamente. Esta foi a tese que,
durante anos, nos venderam: não podemos ter juros baixos, não podemos ter
consumo interno, porque isso vai gerar inflação e vai desarrumar a economia.
Pois foi justamente o contrário o que o
Presidente Lula construiu, enfrentando a crise, aumentando o consumo interno,
melhorando o salário, diminuindo os juros
e fazendo com que a economia do Brasil ficasse imune à crise internacional de
2008. Neste momento, a receita da Presidente Dilma está sendo a mesma, só falta
agora continuar o viés de queda da taxa de juro. Com isso, teremos mais mercado
interno, teremos a população consumindo melhor e teremos, certamente, melhoria
na qualidade de vida a partir do orçamento de todas as famílias. É para isto
que serve o Copom, para olhar com interesse da Nação, e não dos banqueiros, e
não das empresas internacionais. A manutenção da taxa de juros alta sob a
alegação de que a inflação virá galopante de novo não se sustenta em função do
passado recente. Por isso, espero, sinceramente, que o Copom, no dia de amanhã,
baixe a taxa de juros, e aí nós teremos mais economia, mais consumo da economia
interna, no mercado interno, e com isso, cada vez mais, nos afastaremos do
perigo da inflação.
E por
último, desejo que este movimento liderado pelo Governador Tarso Genro consiga
ter êxito. Tenho pouco tempo para tratar disso, mas vale a pena lembrar que é a
renegociação das dívidas dos Estados no Brasil. Ou se faz isso, ou Estado
nenhum terá capacidade de investimentos nos próximos anos. E é preciso que os
Estados voltem a ter capacidade de investir, porque, se os Estados investem,
melhora a economia e a qualidade de vida de todos os brasileiros. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apregoo o Projeto de Resolução, de autoria do Ver. Mauro
Pinheiro, que concede a Comenda Porto do Sol ao Instituto Sagrada Família,
Província Meridional da Sagrada Família.
O Ver.
Idenir Cecchim está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver.
Waldir Canal está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente.
Passamos
à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 2431/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 023/11, de autoria do Ver. Ismael Heinen, que concede a Comenda Porto do Sol ao
professor José Herculano Azambuja.
PROC.
Nº 3298/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 035/11, que autoriza a permuta de próprio
municipal localizado no lote 1 da quadra I do Parque Industrial da Restinga
(PIR), matriculado sob o nº 78.639 do Registro de Imóveis da 3ª Zona de Porto
Alegre, pelo imóvel localizado no lote 1 da quadra M do PIR, matriculado sob o
nº 78.741 do Registro de Imóveis da 3ª Zona de Porto Alegre, de propriedade da
Melcon Postos de Serviços Ltda.
PROC.
Nº 3381/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 036/11, que cria 9 (nove) cargos de provimento
efetivo de Cirurgião-Dentista e 4 (quatro) cargos de provimento efetivo de
Auxiliar de Gabinete Odontológico na Administração Centralizada do Município.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 3061/11 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 018/11, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que
inclui art. 13-A na Lei Complementar nº 373, de 25 de janeiro de 1996 – que
dispõe sobre o serviço funerário no âmbito do Município de Porto Alegre –,
obrigando cemitérios e crematórios a disponibilizar aos usuários, durante a
realização de velórios, serviço de segurança e comércio de alimentação.
PROC.
Nº 3169/11 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 017/11, de autoria do
Ver. Elói Guimarães, que
inclui inc. XXXVI no caput do art. 25 da Lei Complementar nº 12, de 7 de
janeiro de 1975 – que institui posturas para o Município de Porto Alegre e dá
outras providências –, e alterações posteriores, incluindo a ingestão de
bebidas alcoólicas no rol de infrações previstas aos veículos de transporte
coletivo ou de carga.
PROC.
Nº 3172/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 152/11, de autoria do
Ver. Mauro Pinheiro, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Arildo Bennech Oliveira.
PROC.
Nº 3229/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 031/11, de autoria do Ver. Luiz Braz, que concede o Diploma Honra ao Mérito ao
senhor Carlos Aparício da Silva de Aguiar.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.
(Pausa.) Desiste. O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir a
Pauta. (Pausa.) Ausente.
Convido
V. Exas a prestigiar, pelo menos, a abertura do Seminário dos
Cidadãos Honorários, amanhã, com o intuito de aproximar os Cidadãos Honorários
da cidade de Porto Alegre do trabalho deste Parlamento.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 17h54min.)
* * * * *